Nubank cai mais de 8% e fecha na mínima histórica
As ações do banco recuaram 8,22% nesta terça-feira (3), fechando na mínima histórica de US$ 5,47 na Bolsa de Nova York
As ações do Nubank caíram 8,22% nesta terça-feira (3), fechando na mínima histórica de US$ 5,47 na Bolsa de Nova York. Além da expectativa com a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) amanhã, o banco vive outro problema: ontem, anunciou uma mudança na data de lock-up e, agora, investidores que estavam impedidos poderão vender suas ações no dia seguinte ao balanço do primeiro trimestre, no dia 17.
Segundo um cálculo da Bloomberg, o fim do lock-up significa que quase US$ 26 bilhões poderão passar a ser negociados em mercado. Em um comentário divulgado hoje, o Goldman Sachs disse que conversou com a empresa, que esclareceu que a antecipação do fim do lock-up não está relacionado a qualquer potencial oferta de ações. “Acreditamos que a mudança de data visa encurtar o potencial ‘overhang’ de curto prazo, encerrando o lock-up logo após o balanço, em vez de três semanas depois.”
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Desde o seu IPO, em 8 de dezembro, quando foi precificado a US$ 9, os papéis do Nubank acumulam perda de 39,2%.
Na segunda (2), o Nubank soltou um comunicado ao mercado tentando explicar a remuneração de até R$ 804 milhões da sua diretoria este ano. O banco alegou que o pacote é composto por R$ 678,9 milhões, ou 84%, do plano de entrega de ações ao fundador David Vélez, conhecido pela sigla CSA. Os outros R$ 125,5 milhões referem-se ao restante da remuneração da diretoria.
Segundo o banco, o pagamento do pacote a Vélez está condicionado ao cumprimento de metas ambiciosas e deverá representar praticamente 100% da remuneração total do executivo ao longo dos próximos cinco anos, período mínimo que ele deverá permanecer na companhia para fazer jus às ações.