WEG (WEGE3) vai investir mais de R$ 540 milhões para produção de transformadores no Brasil
Empresa acredita que com a transição energética e o crescimento em eletrificação no Brasil e no mundo, há uma necessidade crescente por transformadores que otimizem as redes elétricas
A fabricante de equipamentos catarinense WEG (WEGE3) anunciou um plano de investimentos de R$ 543 milhões para expandir a capacidade de produção de transformadores.
Os aportes serão realizados em suas fábricas localizadas em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.
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Assim, eles acontecerão ao longo dos próximos dois anos com capital próprio.
Em Minas Gerais, a Companhia investirá aproximadamente R$ 370 milhões ampliando em quase 24 mil metros quadrados a sua fábrica de transformadores de potência no município de Betim.
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Após a finalização deste investimento, com conclusão prevista para o segundo semestre de 2026, o parque fabril de Betim passará a ter 75 mil metros quadrados de área construída.
No Rio Grande do Sul, a fábrica de Gravataí receberá mais de R$ 128 milhões para aumentar a capacidade de produção de transformadores de médio porte para classes de tensão até 230 kV.
Demanda aquecida
Ademais, o plano é ampliar o atendimento da demanda das concessionárias de energia elétrica do Brasil e de países do Cone Sul.
Assim, a conclusão também está prevista para o último trimestre de 2026, com aumento da capacidade fabril e acréscimo de 7,3 mil metros quadrados na área construída.
Ao Valor, o diretor superintendente de transformação e distribuição (T&D) da WEG, Carlos Diether Prinz, explica que com a transição energética e o crescimento em eletrificação no Brasil e no mundo, há uma necessidade crescente por transformadores que otimizem as redes elétricas.
Desdobramento de plano de investimento
Esta é uma segunda tranche de investimento da companhia no setor.
Em dezembro de 2023, a WEG anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhão com o mesmo objetivo de expandir a produção de transformadores no Brasil
A intenção foi para atender o mercado doméstico.
No México, com foco no mercado norte-americano; e na Colômbia, visando a atender o restante da América do Sul e Central, finalmente.
“No primeiro investimento, demos um foco maior na internacionalização e ampliação da capacidade de fora do país […]. A gente viu que não podemos deixar o Brasil carente de equipamentos e agora estamos intensificando nossos investimentos para acompanhar o aumento expressivo na demanda por soluções em transmissão e distribuição”, diz.
Segundo Prinz, esses investimentos ainda estão em curso e serão somados aos novos aportes.
No total, eles devem dobrar a capacidade de produção global da companhia ao final do ciclo.
“Sempre existiu um receio dos nossos principais clientes, as transmissoras de energia, que o Brasil tivesse algum problema de abastecimento de equipamentos. Essa é a resposta ao mercado e não vamos deixar desabastecido o Brasil”, acrescenta.
Segundo anúncio de investimento na semana
Assim, este também é o segundo anúncio da empresa no período de uma semana.
Isso porque em 18 de setembro a WEG soltou um comunicado ao mercado dizendo que iria aportar outros R$ 670 milhões.
Ao longo dos próximos cinco anos, fará a expansão da capacidade e verticalização dos negócios de transformadores e motores elétricos no México e no Brasil.
Ao lado de Siemens Energy, GE, Hitachi Energy e fabricantes chineses, a WEG está entre as maiores produtores desse tipo de equipamento no mundo.
Com um cenário de fábricas cheias, pedidos entrando, grandes leilões de transmissão de energia acontecendo e forte demanda do mercado externo, o setor viveu um gargalo por equipamentos, contexto já superado pelas empresas.
Concorrentes no mesmo caminho
Igualmente, as outras concorrentes também correm contra o tempo na expansão da capacidade fabril.
A japonesa Hitachi anunciou recentemente que vai investir US$ 200 milhões na expansão da fábrica de transformadores em Guarulhos (SP).
Além da construção de uma nova unidade fabril, no eixo Rio-São Paulo, com conclusão prevista para 2028.
Já a alemã Siemens Energy está endereçando a escassez nacional de transformadores de energia nos Estados Unidos.
Ela investirá US$ 150 milhões para expandir suas operações em Charlotte, na Carolina do Norte.
Com informações do Valor Econômico