Itaú BBA: Dividendo ‘rouba cena’ em novo trimestre forte da Petrobras

O banco tem recomendação de compra para as ações preferenciais da companhia

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Foto: Leo Pinheiro/Valor
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Foto: Leo Pinheiro/Valor

Os resultados da Petrobras no segundo trimestre de 2022 vieram mais fortes do que o esperado, com Ebitda ajustado recorrente de US$ 20,2 bilhões, 6% acima das estimativas, diz o Itaú BBA, em relatório. Para o banco, o dividendo do trimestre roubou a cena, mais uma vez.

Os analistas Monique Greco e Eric de Mello escrevem que a Petrobras fez o anúncio durante sobre o dividendo durante o pregão, com valor em circulação de R$ 6,7 por ação, o que implica um retorno de aproximadamente 21%. “O excepcional pagamento de dividendos surpreendeu, mesmo com nossa estimativa otimista de R$ 4,4 por ação”, dizem.

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Eles destacam que o Ebitda reportado para os segmentos de produção e exploração e refino superou as estimativas em 11% e 18%, respectivamente, enquanto a Petrobras registrou fluxo de caixa livre positivo de R$ 63,4 bilhões, de acordo com a política de remuneração ao acionista.

O Itaú BBA tem recomendação de compra para as ações preferenciais da Petrobras, com preço-alvo de R$ 43.

Citi também destaca dividendos

Os resultados da Petrobras no segundo trimestre foram positivos, diz o Citi, com o Ebitda superando estimativas em decorrência da maior produção no período e a valorização do petróleo no mercado internacional.

Os analistas Gabriel Barra, Joaquim Alves Atie e Andrés Cardona escrevem que o grande destaque fica por conta do anúncio dos dividendos de R$ 87,8 bilhões, acima da expectativa de R$ 60 bilhões, rendimento de 21%, o que ajuda a reduzir a percepção de risco.

“Acreditamos que investidores não podem ignorar riscos políticos, com a política de preços e estratégia de longo prazo ainda incertas”, afirmam. “No entanto, a empresa tem mostrado esforços para fortalecer sua governança.”

O Citi tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 17,40 para os recibos de ações (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse).

Menor pressão política

A Petrobras combinou resultados operacionais robustos com pagamento recorde de dividendos no segundo trimestre, o que deve reduzir a percepção de risco em torno da empresa, diz o BTG Pactual.

Os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte escrevem que o anúncio dos dividendos de R$ 87,8 bilhões superou as estimativas do banco e do mercado, representando um rendimento de 21% sobre as ações preferenciais.

O Ebitda ajustado de R$ 99,3 bilhões foi 8% acima das estimativas, impulsionado pelo segmento de refino, que teve R$ 7,5 bilhões em ganhos com estoque. A unidade de exploração teve resultados financeiros em linha com o esperado.

O banco destaca que a redução recente nos preços dos combustíveis acalmou a pressão política em torno da Petrobras, o que deve impulsionar as ações no curto prazo, mas a proximidade das eleições presidenciais continua a causar incertezas sobre o futuro da política de preços e da estratégia de alocação de recursos da Petrobras.

O BTG Pactual tem recomendação neutra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 15 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse).

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