Ibovespa termina dia em alta, com investidores de olho na crise entre Rússia e Ucrânia
Destaque foram ações de varejistas
Enquanto investidores globais monitoram a escalada da crise entre Rússia e Ucrânia e fogem do risco, o Ibovespa está ignorando o imbróglio e avançando no pregão desta terça-feira (22), contando principalmente com o avanço dos preços das commodities.
O Ibovespa terminou o dia em alta de 1,04%, aos 112.891 pontos. As maiores altas foram de varejistas: a ação do grupo de moda Soma ganhou 7,32%, a R$ 13,20 e a da rede de pet shops Petz avançou 5,87%, a R$ 18,21. O dólar comercial teve desvalorização de 1,07%, para R$ 5,052.
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A situação geopolítica no leste da Europa mudou de patamar ao atravessar um ponto crítico na segunda-feira, quando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu as regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk, controladas por separatistas pró-Rússia desde 2014, como independentes.
A decisão de Putin representa uma escalada de tensão entre russos e ocidentais, agravada pelo envio da Rússia de tropas para cumprir “operações de paz” nas regiões, o que reduz as possibilidades de um encaminhamento diplomático da questão. O movimento de Moscou recebeu condenação internacional e os Estados Unidos e a União Europeia já anunciaram que vão reagir com sanções, embora elas não tenham sido especificadas.
“Para além da tragédia humana, o movimento significa não apenas maior aversão ao risco de investidores (que fogem para ativos mais seguros, como o dólar e os títulos americanos), mas também mais pressão sobre a onda de inflação que vem marcando os últimos meses. Não se esqueça que a Rússia produz grande parte do petróleo e derivados (como gás natural) do mundo, além de grãos, fertilizantes e outras commodities (assim como a Ucrânia)”, escreveu Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos.
Telefônica, BRF, Raia Drogasil e Localiza ainda publicam balanços do quarto trimestre após o fechamento dos mercados.
(Com Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)