UE proíbe importação de produtos vindos de áreas desmatadas, o que deve afetar o Brasil

A medida foi criticada anteriormente por setores do agro brasileiro como sendo 'protecionismo comercial disfarçado de preservação ambiental'

Vista aérea de região desmatada da Amazônia em Manaus. Foto: Bruno Kelly/Reuters
Vista aérea de região desmatada da Amazônia em Manaus. Foto: Bruno Kelly/Reuters

Negociadores do Parlamento Europeu e dos Estados-membros da União Europeia chegaram a um acordo nesta terça-feira para banir do bloco produtos como cacau, café e soja provenientes de terras desmatadas ou degradadas, elevando a pressão sobre as exportações brasileiras. A lista também inclui óleo de palma, madeira, carne bovina, borracha e derivados como couro, chocolate, móveis e papel.

Além do Brasil, a medida deve atingir diretamente países como Indonésia, Argentina, Gana e Nigéria.

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A importação desses produtos será proibida se eles vierem de terras desmatadas após dezembro de 2020, especificou o Parlamento Europeu em comunicado.

Em matéria do jornal “O Globo” de setembro deste ano, quando a proposta estava sendo discutida no bloco europeu, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) classificou a medida de “protecionismo comercial disfarçado de preservação ambiental”.

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Naquele momento, a proposta tinha sido aprovada pelo Parlamento Europeu, mas ainda precisava ser negociada com os 27 países da UE.

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