Países da União Europeia (UE) que fazem fronteira com a Rússia pediram que Moscou seja desconectada do sistema global de pagamentos Swift, aumentando a pressão diplomática para a adoção de uma sanção que autoridades dos EUA veem como um último recurso.
“Este ato de agressão não é aceitável, é uma violação flagrante da lei internacional, de todas as normas internacionais e um crime contra o povo ucraniano”, escreveram os chanceleres de Estônia, Letônia e Lituânia em um comunicado conjunto divulgado hoje.
“Todos nós, em toda comunidade internacional, precisamos condená-lo da maneira mais forte possível, impor as sanções mais fortes possíveis à Rússia, incluindo desvinculá-la do Swift, isolá-la politicamente e sermos firmes em nosso apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia independente”, acrescentaram os três países.
Remover uma economia do tamanho e da importância geopolítica da Rússia do Swift — o principal sistema global de telecomunicações financeiras e bancária — seria uma sanção sem precedentes dos aliados ocidentais e, em princípio, minaria a capacidade de Moscou de fazer comércio com outros países.
Os EUA e a maioria dos países europeus normalmente são contrários a essa sanção, em parte porque ela ajudaria a criar soluções alternativas para contornar a ordem financeira global pelos americanos. O sistema de pagamento é a força vital do comércio internacional e das transações financeiras, e países isolados dele, como Irã e Coreia do Norte, tem que recorrer ao contrabando para sustentar suas economias.
Mas o apoio a essa sanção está crescendo entre os países da UE que fazem fronteira com a Rússia e estão mais expostos à guerra na Ucrânia. Embora a Polônia não tenha assinado o comunicado de hoje, as autoridades do país geralmente concordam que retirar Moscou do Swift deve ser uma opção, especialmente se o Kremlin realizar a invasão de larga escala que parece estar em andamento na manhã de hoje.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico