Os juros futuros de curto prazo exibem queda moderada, enquanto os vértices intermediários e longos da curva a termo exibem queda robusta em uma nova sessão de redução do prêmio de risco antes da decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que será publicada por volta de 18h30.
No exterior, a leitura de novembro da inflação ao consumidor dos Estados Unidos veio alinhada com as expectativas do mercado, o que apoiou a visão de que o Federal Reserve (Fed) cortará os juros na semana que vem. Com isso, as taxas dos Treasuries perderam ímpeto, movimento acompanhado pelos juros futuros domésticos.
Por volta de 13h25, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 caía 14,39%, do ajuste anterior, para 14,33%; a do DI de janeiro de 2027 reduzia de 14,69% a 14,525%; a do DI de janeiro de 2029 recuava de 14,32% a 14,12%; e a do DI de janeiro exibia forte queda de 14% a 13,80%.
Continuando o movimento de distensão do prêmio de risco na véspera, de olho no andamento da agenda de redução de despesas do governo no Congresso, o mercado de juros futuros se prepara para a decisão de juros do Copom, que deve elevar a taxa Selic em 0,75 ou 1 ponto percentual.
Para os economistas Leonardo Porto, Paulo Lopes e Thais Ortega, do Citi Brasil, a persistente depreciação do câmbio doméstico; o processo de desancoragem das expectativas de inflação; o crescimento econômico acima do potencial; e folga limitada no mercado de trabalho criam um cenário de inflação “bastante desafiador”, o que justifica a provável aceleração do ritmo de aperto da Selic hoje.
Os economistas do Citi projetam uma alta de 0,75 ponto que levaria a Selic a 12%, mas eles admitem que os “riscos ao cenário-base estão claramente apontados para cima”, incluindo uma “chance significativa” de que o Copom suba o nível do juro básico em 1 ponto já na reunião de hoje.
Ainda que as questões locais no âmbito fiscal e monetário dominem as atenções dos investidores, o ambiente externo foi preponderante para o movimento das taxas domésticas mais cedo, que acentuaram queda em linha com o movimento dos Treasuries americanos depois da leitura de novembro do CPI, o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos.
No horário citado anteriormente, a taxa da T-note de dois anos tinha queda marginal de 4,147% a 4,145%, enquanto o rendimento do título de dez anos do Tesouro americano subia de 4,225% a 4,249%.
De acordo com cálculo do Bank of America, com os resultados do CPI, o índice de preços de gastos com consumo (PCE), medida de inflação mais acompanhada pelo Fed, deve ter subido 0,16% em novembro ante outubro, número que daria espaço para uma continuação do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos.
*Com informações do Valor Econômico
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