Inflação é o grande foco de uma semana mais curta por causa de feriados

Brasil, EUA e China divulgam seus índices de preços ao consumidor, ajudando os investidores a calibrar suas apostas sobre os juros

Foto: Imelda/Unsplash
Foto: Imelda/Unsplash

Enquanto o mercado financeiro internacional segue tenso por causa de uma mudança estrutural na economia, com a elevação da taxa de juros real subjacente, todas as notícias e eventos que ajudem a ter um pouco de previsibilidade em relação ao que há por vir será acompanhado com muito interesse. Nesta semana, são os dados de inflação, que podem dar mais indicações de quando os bancos centrais vão parar de aumentar os juros – no caso da Europa e dos Estados Unidos – ou começar a cortar as taxas – como é o caso do Brasil.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) relativo ao mês de setembro será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sai na manhã de terça-feira (11). Depois de deflações nos meses de julho e agosto, que permitiram ao Banco Central do país parar de aumentar a Selic quando chegou aos 13,75% ao ano, dois meses atrás, existe expectativa de nova retração de 0,34% em setembro, pouco menor do que a de agosto, de 0,36%. Se essa expectativa se confirmar, a aposta de que o BC não vai mais aumentar a Selic ganha força.

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A inflação no atacado dos EUA sai na quarta (12), e a do varejo, na quinta (13). O Fed (Federal Reserve, banco central americano) começou a elevar os juros um ano mais tarde do que o BC brasileiro, por isso ainda não conseguiu controlar a inflação. Em agosto, o índice de preços ao consumidor ficou em 8,3% na comparação anual, e a estimativa para setembro é de uma ligeira desaceleração para 8,1%.

Na quinta, a China também anuncia a inflação ao consumidor. A estimativa é de que suba dos 2,5% de agosto para 2,8% na comparação anual.

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Agenda da semana*

Segunda-feira (10)

  • EUA – Feriado de Columbus Day – Bolsas abertas, mas mercados de títulos e bancos fechados
  • 8h25 – Brasil: Boletim Focus
  • 10h – EUA: Discurso de Charles Evans
  • 14h35 – EUA: Discurso de Lael Brainard, vice-presidente do Fed

Terça-feira (11)

  • 3h – Reino Unido: Taxa de desemprego (agosto)
  • 9h – Brasil: IPCA (setembro)
  • 12h30 – EUA: Discurso de Patrick Harcker, presidente da sucursal de Filadélfia e membro do conselho de política monetária do Fed
  • 13h – EUA: Discurso de Loretta Mester, presidente da sucursal de Cleveland e membro do conselho de política monetária do Fed

Quarta-feira (12)

  • Brasil – Feriado de Nossa Senhora Aparecida
  • 3h – Reino Unido: PIB (3º trimestre)
  • 6h – Reino Unido: Produção industrial (agosto)
  • 6h – Zona do Euro: Produção industrial (agosto)
  • 8h – EUA: Relatório mensal da Opep
  • 9h30 – EUA: Índice de preços ao produtor (setembro)
  • 10h – Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
  • 15h – EUA: Ata da reunião do comitê de política monetária do Fed
  • 19h30 – EUA: Discurso de Michelle Bowman, membro do comitê de política monetária do Fed

Quinta-feira (13)

  • 9h30 – EUA: Índice de preços ao consumidor (setembro)
  • 9h30 – EUA: Pedidos de seguro-desemprego (semanal)
  • 12h – EUA: Estoque de petróleo bruto
  • 22h30 – China: Índice de preços ao consumidor (setembro)

Sexta-feira (14)

  • 0h – China: Balança comercial (setembro)
  • 6h – Zona do Euro: Balança comercial (agosto)
  • 9h – Brasil: IBC-Br (agosto)
  • 9h – Brasil: Crescimento do setor de serviços (agosto)
  • 9h30 – EUA: Vendas no varejo (setembro)

* Todos os horários são de Brasília

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