IF Hoje: Empresas e discussões políticas terão maior destaque no mercado brasileiro
BTG lucra R$ 1,767 bilhão no quarto trimestre, já sob efeito da Americanas; mercado projeta resultados mais fortes para o Banco do Brasil, menos exposto
A segunda-feira nos mercados será marcada mais por fatores políticos e corporativos do que pelos indicadores macroeconômicos em si.
Logo cedo, o BTG Pactual divulgou o balanço para o quarto trimestre de 2022, dando sequência a temporada de balanços. O banco lucrou R$ 1,767 bilhão no quarto trimestre, já sob efeito da Americanas. O lucro no quarto trimestre teve queda de 0,8% sobre o mesmo período do ano anterior. A receita total ficou em R$ 3,626 bilhões, com aumento de 3,9% na comparação anual.
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Vale também observar as ações da concessionária de distribuição de energia Light (LIGT3), que oscilou muito forte na última semana devido aos rumores de uma possível recuperação judicial, negada pela empresa.
Ao final das negociações na B3, o Banco do Brasil vai reportar seus números referentes ao último trimestre e consolidado de 2022, este esperado com maior otimismo pelos analistas.
Últimas em Economia
Política
Não dá pra falar em mercado sem falar na política. Lula voltou de Washington no último sábado com um bom volume na bagagem. Além da reunião com Biden, da coletiva em conjunto, voltou com a promessa de os Estados Unidos contribuírem financeiramente com o Fundo Amazônia e de uma visita de Joe Biden ao Brasil, em data ainda não definida.
Segundo a jornalista Julia Duailib, da Globo, os aportes iniciais serão na ordem de US$ 50 milhões, com a tendência de aumentar.
Na queda de braço com o Banco Central para redução da taxa de juros, Lula recebeu sinalização do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, na intenção de reduzir a meta de inflação de 2023. Na sexta, um grupo de economistas alinhados com o governo divulgou uma carta de apoio ao corte da Selic.
Na Câmara, Arthur Lira sugeriu que o projeto de lei que tramita no Congresso para combater fake news tenha a inclusão da regulamentação de big techs, empresas donas das plataformas onde essas notícias falsas são divulgadas.
Agenda dos indicadores
Hoje tem divulgação do Boletim Focus pelo Banco Central às 8h. O relatório mostra as projeções do mercado para a inflação, crescimento do PIB, câmbio e taxa de juros. É um balizador de expectativas.
Às 14h30 o governo divulga o Fluxo Cambial Estrangeiro.
No Japão, dado do PIB do 4º trimestre e do ano completo de 2022
Balanços do dia
Pela manhã é aguardado o BTG Pactual e no final da tarde, Banco do Brasil.
Mercado na sexta
O Ibovespa fechou em 108.078 pontos na sexta-feira, balanceando o noticiário corporativo negativo e o impulso da alta do petróleo no exterior. Na semana, o índice caiu 0,40%.
Já o dólar fechou o dia em queda de 1,07%, negociado a R$ 5,21. Na semana, a moeda americana avançou 1,45%.
O petróleo fechou em forte alta, reagindo à notícia de que a Rússia deve cortar 500 mil barris por dia de sua produção a partir do mês que vem. A decisão seria uma resposta de Moscou às sanções anunciadas por países do Ocidente.
O contrato futuro Brent – utilizado pela Petrobras como referência – para entrega em abril fechou em alta de 2,24%, negociado a US$ 86,39 o barril. Na semana, o Brent acumulou altas de 8%.
A Fitch rebaixou o rating da Azul “CCC+” para “CCC-”, refletindo riscos altos em meio ao aperto do crédito no mercado local e às incertezas quanto à recuperação das condições de concessão de crédito. As ações da companhia aérea (AZUL4) caíram 7,1%.
As ações da Alpargatas (ALPA4; ALPA3), dona da marca Havaianas, despencaram 18% após a companhia divulgar seus resultados do 4º tri.