IF Hoje: Dados de inflação nos EUA podem turbinar otimismo nos mercados
Analistas vêem uma queda de 0,1% dos preços em agosto ante julho
As Bolsas de Valores em Nova York emendaram, na segunda-feira (12), a quarta alta consecutiva, alimentada por um crescente otimismo em relação à inflação e aos juros. Sobrou até para a Bolsa brasileira B3, que avançou 0,98%. Nesta terça (13), os investidores saberão se a realidade justifica a empolgação ou se é melhor ficar mais sóbrio.
No meio da manhã, sai nos Estados Unidos o índice de preços ao consumidor de agosto. A expectativa dos analistas é de que mostre um arrefecimento da inflação conforme os preços dos combustíveis e os custos de viagem tenham recuado e as cadeias produtivas prejudicadas pela pandemia de Covid-19 e pela guerra da Rússia na Ucrânia tenham se recuperado. Em números: o índice deve ter apontado queda de 0,1% nos preços em agosto ante julho (depois de ficar estável em julho ante junho), enquanto o acumulado em 12 meses deve ter ficado em 8% (contra 8,5% em julho), segundo as projeções dos especialistas.
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Com base nesses dados, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) vai decidir, na semana que vem, qual é o tamanho do aumento de juros que vai promover. A taxa básica nos EUA está atualmente no intervalo 2,25%-2,5% ao ano, e a aposta da maioria é de que vem mais uma alta de 0,75 ponto percentual , a terceira elevação consecutiva dessa magnitude. Existe uma pequena chance de um aumento de 0,5 p.p. na opinião de alguns economistas.
O índice de inflação ao consumidor também permitirá que o mercado ajuste suas projeções para o fim do ciclo de alta de juros. A maior parte das previsões é de que a taxa continuará subindo até chegar a 4% ou 4,25% em janeiro de 2023.
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Como afeta os investimentos?
A elevação dos juros é negativa para as aplicações de maior risco, como as ações negociadas em Bolsa de Valores, de pelo menos três formas. Primeiro, ao fazer com que os investidores abandonem as companhias abertas para colocar seu dinheiro em produtos de renda fixa, vistos como mais seguros. Segundo, ao piorar as perspectivas para as empresas cujos clientes usam bastante crédito para comprar. Terceiro, ao deixar as dívidas contraídas pelas próprias companhias mais pesadas. O mercado está animado com a inflação porque, se o índice ficar dentro do esperado, o Fed não precisará considerar um aumento maior de juros neste mês.
Agenda do dia
- 3h – Reino Unido: taxa de desemprego (julho)
- 9h – Brasil: Desempenho do setor de serviços (julho)
- 9h30 – EUA: inflação ao consumidor (agosto)
