O Ibovespa opera em leve queda no penúltimo pregão do ano, em um dia marcado por volatilidade alta e liquidez reduzida. Os investidores analisam as discussões sobre o pagamento de emendas parlamentares, além dos dados do IPCA-15 de dezembro, com o núcleo do indicador abaixo do esperado. Entre as ações, cerca de 40 ainda operam estáveis, indicando baixa disposição para negociações na sessão.
Por volta das 13h, o Ibovespa cedia 0,29%, aos 120.726 pontos, enquanto chegou a tocar os 120.610 pontos na mínina, e a máxima alcançou os 121.609 pontos. O volume financeiro projetado para o índice no dia é de R$ 10 bilhões. Em Nova York, o S&P 500 cedia 1,38% e o Nasdaq tinha queda de 2% e o Dow Jones perdia 0,94%.
O impasse em torno do pagamento das emendas parlamentares pode atrasar, ou até mesmo dificultar, a aprovação do Orçamento de 2025. Há pouco, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou explicações da Câmara dos Deputados sobre a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão. Dino reitera que faltam transparência e rastreabilidade dos recursos e deu até as 20h para que Legislativo apresente novas respostas.
O movimento pressionou os juros futuros e, por consequência, as ações ligadas à economia doméstica. Vamos ON e Assaí ON recuam 4,18% e 2,88%, respectivamente. Na liderança das perdas está Marfrig ON, que recua 6,30%, assim como outros frigoríficos na sessão, diante da notícia de que a China iniciará uma investigação sobre a importação de carne bovina.
Já na ponta positiva está a Brava ON, que sobe 8,82%, em dia de alta do petróleo e após informar que negocia mandato com dois bancos para assessorar na avaliação de potenciais transações de parceria ou venda de ativo.
No cenário macroeconônico o IPCA-15 subiu 0,34% em dezembro, após alta de 0,62% em novembro, abaixo das estimativas de consenso, de avanço de 0,44%. Ainda assim, a composição do índice não foi tão positiva, uma vez que os serviços subjacentes subiram de 5,33% para 7,99% na média móvel de três meses anualizada e dessazonalizada. A média dos núcleos também aumentou de 4,35% para 5,05%, o que mantém cautela entre os investidores.
*Com informações do Valor Econômico
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