Haddad: Queda maior da Selic vai depender dos ventos que soprarão de fora

O ministro da Fazenda acredita que os juros começarão a cair nas maiores economias ainda no primeiro semestre

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista coletiva. Foto: Diogo Zacarias/MF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista coletiva. Foto: Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quarta-feira (21) que a continuidade da redução da taxa de juros (Selic) vai depender também de fatores externos, para além das medidas de política fiscal.

“Não é que haja uma dependência, mas negar a importância da taxa de juros dos Estados Unidos seria leviano da minha parte”, disse o ministro, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da GloboNews.

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Haddad avalia que o Brasil poderá se beneficiar de um ciclo de crescimento sustentável mais longo, a depender do ritmo de queda de juros nos países desenvolvidos. O ministro acredita que as taxas começarão a cair nas maiores economias ainda no primeiro semestre.

Crescimento do PIB

Na mesma entrevista, Haddad disse que as perspectivas para o crescimento do Brasil serão melhores a partir do segundo semestre do ano, porque os primeiros seis meses ainda estão sob efeito de uma taxa de juros real mais elevada.

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Haddad disse acreditar que o país terminará o ano crescendo mais de 2%, mesmo que tenha um primeiro semestre não tão forte.

O crédito será uma alavanca importante para o crescimento, segundo o ministro, que reiterou que se preocupa com a safra de soja e a situação do agronegócio, principalmente por causa de efeitos climáticos.

Arrecadação

O ministro da Fazenda afirmou, ainda, que a arrecadação de tributos em janeiro veio em linha com o projetado no Orçamento, já descontado o efeito extraordinário de medidas aprovadas no fim do ano passado, como a taxação de fundos exclusivos e off-shore.

Os números serão divulgados nesta quinta-feira (22) pela Receita Federal.

Haddad destacou que o governo segue em busca de equilibrar as contas públicas e que, além do incremento de receitas, também vai atuar para a contenção de despesas.

Um exemplo é o pente-fino do Bolsa Família e o pacote de revisão de gastos que o Ministério do Planejamento apresentará em breve ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com informações do Estadão Conteúdo

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