Dólar recua 1,43% e fecha a R$ 4,94 – menor patamar desde junho de 2021

Com o resultado desta segunda, a moeda norte-americana acumula queda de 4,12% no mês e de 11,32% no ano
Pontos-chave:
  • Os juros em patamares elevados no Brasil e o diferencial em relação aos juros nos EUA e outras economias têm contribuído para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real em 2022
  • O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia

O dólar fechou em queda de 1,43%, cotado a R$ 4,9440, nesta segunda-feira (21), com a guerra na Ucrânia ainda sem sinal de cessar-fogo, enquanto investidores se preparavam para uma semana recheada de divulgações. Entre elas, a ata da última reunião do Copom, do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central e da prévia da inflação de março (IPCA-15).

É a primeira vez que o dólar fecha abaixo de R$ 5 desde 30 de junho (R$ 4,9728) de 2021. Com o resultado desta segunda, a moeda norte-americana acumula queda de 4,12% no mês e de 11,32% no ano.

Por aqui, os analistas do mercado financeiro elevaram pela décima semana seguida a estimativa de inflação deste ano, que passou de 6,45% para 6,59%, segundo o boletim Focus do Banco Central. A previsão de crescimento do PIB deste ano passou de 0,49% para 0,50%.

Os analistas também elevaram a estimava para a Selic no fim de 2022. Agora, projetam que a taxa pode chegar a 13% ao final do ano. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 permaneceu em R$ 5,30.

Os juros em patamares elevados no Brasil e o diferencial em relação aos juros nos EUA e outras economias têm contribuído para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real em 2022. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.