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Desenrola, juros do cartão de crédito e taxação de offshores: veja os principais assuntos da semana
A agenda do governo federal promete ganhar tração no Congresso neste semana, enquanto novos dados de emprego ajudam a calibrar as expectativas sobre os rumos dos juros nos Estados Unidos. A seguir, a Inteligência Financeira apresenta o calendário econômico dos fatos mais importantes para acompanhar nos próximos dias.
Dívidas no foco
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, convocou uma sessão extraordinária nesta segunda (2) para votar o Desenrola Brasil. A medida provisória (MP) do governo Lula, que trata da renegociação de dívidas, precisa ser apreciada pela Casa até terça (3) para não perder a validade.
Além de instituir oficialmente o programa, foi incorporado o projeto de lei que impõe regras para limitar os juros no rotativo do cartão de crédito.
Entre os pontos mais sensíveis, a iniciativa estabelece que os emissores de cartão de crédito submetam à aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) limites para taxas de juros e encargos financeiros.
Conforme o Senado, esses limites dos juros do rotativo devem ser aprovados em até 90 dias, contados da data de publicação da lei. Assim, caso isso não ocorra, o total cobrado não poderá exceder 100% o valor original da dívida.
Ou seja, a dívida pode no máximo dobrar no período de um ano.
Para elevar a arrecadação
Ainda na esfera política, os deputados podem votar ao longo da semana o projeto de lei que prevê a tributação dos fundos offshore, que envolvem investimentos que os brasileiros mantêm no exterior, principalmente em paraísos fiscais.
Para lembrar, o governo propôs lá no final de agosto uma tributação anual dos rendimentos de capital aplicado no exterior com alíquotas que variam de 0% a 22,5%.
Atualmente, esse capital é tributado apenas quando é resgatado e remetido ao Brasil.
Indicadores para ter no radar
As atenções dos agentes financeiros, conforme o calendário econômico dos próximos dias, também estarão voltadas para indicadores de Brasil e Estados Unidos. Enquanto isso, o feriado prolongado na China deixa os mercados do país asiático fechados durante a semana inteira.
Aqui, os destaques ficam por conta da criação de vagas de trabalho formal (Caged) de agosto e a balança comercial de setembro, na segunda. Além disso, a produção industrial de agosto sairá na terça.
Lá fora, os olhos do mercado estarão concentrados no relatório payroll, na sexta. Os novos dados oficiais americanos de emprego veem em um momento em que os agentes projetam um novo aumento dos juros no país.
A chance de uma taxa mais elevada por um período mais longo diminui o apetite dos investidores por ativos de risco e amplia a volatilidade de mercados emergentes, como o brasileiro.
Calendário econômico – 2 a 6 de outubro
Segunda (2)
Feriado na China (Dia Nacional/Semana Dourada)
08h25: Boletim Focus (Banco Central)
10h00: PMI Industrial de setembro do Brasil (S&P Global)
10h45: PMI Industrial de setembro dos Estados Unidos (S&P Global)
14h30: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados de agosto (Caged)
15h00: Balança comercial de setembro do Brasil
Terça (3)
Feriado na China (Dia Nacional/Semana Dourada)
09h00: Produção industrial de agosto do Brasil (IBGE)
11h00: Relatório JOLTs (ofertas de emprego) de agosto nos Estados Unidos
Quarta (4)
Feriado na China (Dia Nacional/Semana Dourada)
07h00: Reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)
09h15: Variação de empregos privados de setembro nos Estados Unidos (ADP)
Quinta (5)
Feriado na China (Dia Nacional/Semana Dourada)
08h00: IVAR/Índice de Variação de Aluguéis Residenciais de setembro (Ibre-FGV)
09h30: Balança comercial de agosto nos Estados Unidos
Sexta (6)
Feriado na China (Dia Nacional/Semana Dourada)
08h00: IGP-DI de setembro (Ibre-FGV)
09h30: Relatório oficial de emprego (payroll) de setembro nos Estados Unidos
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