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Bitcoin e ethereum caem hoje, mas acumulam altas de 4,9% e 17,8% em outubro
O bitcoin (BTC) e o ethereum (ETH) operam em queda nesta segunda-feira (31), mas acumulam altas de 4,9% e 17,8% respectivamente no mês de outubro, impulsionados principalmente pelo short squeeze da semana passada. O movimento de hoje é parecido com o que foi registrado nas bolsas de valores dos Estados Unidos, porém é importante ressaltar que a correlação entre as criptomoedas e o índice Nasdaq caiu de maneira relevante em outubro.
Perto das 17h32 (horário de Brasília) o bitcoin cai 1,4% em 24 horas, a US$ 20.383, e o ether, moeda digital da rede ethereum, tinha queda de 1,7% a US$ 1.564, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas é de US$ 1,05 trilhão. Em reais, o bitcoin tem baixa de 3,15% a R$ 106.296, enquanto o ethereum registra desvalorização de 2,98% a R$ 8.148, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Em Wall Street, o índice Dow Jones teve queda de 0,39% a 32.732 pontos, o S&P 500 registrou perdas de 0,75% a 3.871 pontos e o Nasdaq, focado em empresas de tecnologia, recuou 1,03% a 10.988 pontos. Leia reportagem completa aqui.
Raquel Vieira, especialista em criptomoedas da Top Gain, avalia usando análise técnica que mesmo se sustentando acima dos US$ 20 mil o bitcoin ainda está em tendência de baixa nos tempos gráficos maiores, como o semanal e o mensal. Ela ressalta que ethereum e as demais altcoins em geral estão performando melhor que o bitcoin nos últimos dias. “Isso explica a queda da dominância do bitcoin pela segunda semana consecutiva”, conta. Vale lembrar que a dominância do bitcoin é o tamanho da fatia do valor de mercado da criptomoeda em relação ao valor de mercado somado de todos os outros tokens existentes.
Vieira explica ainda que as eleições presidenciais no Brasil não impactam diretamente os valores das criptomoedas, mas têm efeito indireto para quem investe neste tipo de ativo nacionalmente. “As criptos têm uma cotação dolarizada, então as altas e baixas do dólar influenciam na cotação final das criptomoedas quando convertemos para o real”, destaca. “Com a vitória de Lula, espera-se que o dólar suba por enquanto, então as criptomoedas tendem a ficar mais caras em relação ao real. Para quem já adquiriu é bom e para quem não adquiriu acaba sendo um ponto negativo.”
Hoje, todavia, o Ibovespa subiu 1,31% e o dólar caiu 2,54% no primeiro pregão posterior à eleição de Lula, algo que potencializou a queda das cotações das moedas digitais ante o real.
Do lado macro, Lucas Minchilo, analista da Titanium Asset, aponta que há expectativas para que o Federal Reserve seja menos hawkish (favorável a mais aperto monetário para conter a inflação) na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) da quarta-feira (2).
“De acordo com a ferramenta CME FedWatch, que usa os dados dos futuros das taxas de juros do Fed para 30 dias, os investidores estão em consenso com um aumento de 75 pontos-base [0,75 ponto percentual] na taxa de juros na quarta. Apesar disso, há a especulação de que o Fed diminuirá o ritmo contracionista em dezembro, algo que pode ser positivo para os criptoativos e os outros ativos de risco”, analisa.
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