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Banco digital mais popular na Europa e frequentemente citado pelos analistas como um dos melhores do mundo, o britânico Revolut está chegando ao Brasil. Para chefiar a operação no país, trouxe Glauber Mota, um dos responsáveis pela criação do banco digital do BTG Pactual. O grupo não abre metas sobre a base de usuários, mas a expectativa é que o mercado brasileiro fique entre os cinco maiores do Revolut, que já opera em mais de 35 países.
A operação vai começar com a oferta de uma conta e cartão internacional com acesso a múltiplas moedas e gradualmente vai complementar o escopo e trazer a experiência do superapp global para o Brasil. A expectativa é que a oferta esteja completa no segundo semestre. “Eu gostaria muito que na Copa do Catar [que começa em novembro] o brasileiro já estivesse aproveitando todo o potencial do app do Revolut. Acho que chegaremos bem antes disso”, diz Mota. Já é possível baixar o aplicativo, mas apenas para lista de espera.
Com mais de 18 milhões de clientes no mundo, o Revolut foi avaliado em US$ 33 bilhões na sua última rodada de investimento e disputa com o Nubank o posto de banco digital mais valioso do mundo. Em junho do ano passado, na captação pré-IPO, a instituição brasileira foi avaliada em US$ 30 bilhões. Na abertura de capital na bolsa, em dezembro, atingiu US$ 41,5 bilhões, mas depois os papéis passaram a cair na Nyse e agora o Nubank está com um valor de mercado em torno de US$ 37 bilhões.
“O Brasil é o maior mercado da América Latina e uma prioridade estratégica para a expansão internacional do Revolut. Com sua vasta experiência nos setores financeiros e um excelente track-record, estamos muito satisfeitos por Glauber se juntar ao Revolut e nos ajudar em nossa missão de criar o primeiro superapp financeiro verdadeiramente global”, diz em nota Nik Storonsky, CEO e cofundador do Revolut.
Por ser uma companhia de capital fechado, não há informação detalhadas sobre o desempenho financeiro do Revolut. Na sua última rodada de aporte, em julho passado, a fintech revelou que teve receita de 261 milhões de libras esterlinas em 2020, com crescimento de 57%. A companhia ainda operava no negativo, mas se aproximava do breakeven.
No quarto trimestre daquele ano, o rombo foi de 6 milhões de libras. Sua receita é dividida mais ou menos igualmente entre cartão e intercâmbio (36% do total); câmbio, gestão de patrimônio e criptoativos (31%); e assinaturas (29%). A companhia tem três opções de contas: gratuita, premium e metal.
Com reportagem do Valor Econômico.