Banco Central quer saber o que o mercado financeiro achou do pacote fiscal anunciado por Haddad
Perguntas sobre o impacto das medidas estão no Questionário Pré-Copom
O Banco Central (BC) incluiu no questionário que envia para participantes de mercado perguntas sobre o impacto do impulso fiscal no crescimento e as estimativas de impacto das medidas fiscais anunciadas na quinta-feira pelo governo. O Questionário Pré-Copom (QPC) é enviado para o mercado antes de cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e serve como subsídio para a discussão realizada no colegiado.
Em uma das questões, o BC pede que o respondente avalie “qualitativamente” o impacto do impulso fiscal sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e 2025. Os respondentes deverão colocar um número de 1 a 5, sendo que 1 é “muito negativo” e 5 é “muito positivo.
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Já na questão sobre as medidas fiscais, a questão pede que, utilizando como referência as projeções do QPC anterior, o respondente diga sua projeção do impacto das medidas fiscais anunciadas sobre as projeções do resultado primário do governo central para os anos de 2025 a 2028. O QPC pede que a parte relacionada à reforma do imposto de renda seja desconsiderada.
O respondente deverá informar o quanto já foi incorporado a sua projeção atual e o impacto potencial, seja o que já está incorporado ou não na projeção.
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O governo projeta um impacto de R$ 70 bilhões com as medidas anunciadas. Já alguns analistas de mercado esperam um impacto menor nos próximos dois anos, entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões.
O BC também passou a questionar qual o viés preponderante para o cenário central do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2026. No QPC anterior, essa questão englobava apenas 2024 e 2025. Além disso, o BC pediu que os participantes de mercado informem suas projeções de inflação para alimentação fora do domicílio.
O QPC também teve perguntas sobre as estimativas para o hiato do produto, balanço de pagamentos e saldo de crédito, que não estavam na edição anterior. Por outro lado, a questão sobre as projeções para o mercado de trabalho foi retirada.
Com informações do Valor Econômico