Mercado hoje: Ibovespa cai e dólar fecha em alta com SVB no radar

O mercado analisa as ações das autoridades dos EUA para evitar risco ao sistema financeiro do país

Pregão na B3. Foto: Paulo Whitaker/Reuters
Pregão na B3. Foto: Paulo Whitaker/Reuters

A crise causada pela quebra do Silicon Valley Bank puxou o Ibovespa para o vermelho mais uma vez nesta segunda-feira (13). Além da crise nos EUA, os investidores olharam para o desenho do novo arcabouço fiscal e inflação no Brasil.

Após trocar de sinal algumas vezes e operar próximo à estabilidade em boa parte do pregão, o índice acionário fechou em queda de 0,48%, aos 103.121 pontos.

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O dólar fechou em alta de 1,16% ante o real, negociado a R$ 5,2686, com investidores buscando proteção na moeda norte-americana.

No fim de semana, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) criou uma linha de crédito de emergência para fortalecer o sistema bancário, numa tentativa de evitar maiores impactos para outros bancos do país. Mesmo assim, as ações dos bancos têm forte queda nos Estados Unidos, com desvalorização de até 60%, como no caso do Western Alliance.

Ações de bancos ajudaram a jogar o Ibovespa para o vermelho. BTG Pactual (BPAC11) caiu 2,3%, enquanto Itaú (ITUB4) teve recuo de 1,2% e Bradesco (BBDC4) perdeu 0,8%.

Outro assunto importante para o dia foi a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento organizado pelos jornais Valor Econômico e O Globo. Ele revelou que pretende apresentar nesta semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice, Geraldo Alckmin, o projeto sobre o novo arcabouço fiscal, o que agradou o mercado.

Sobre a reforma tributária, Haddad disse que o clima para a aprovação do projeto melhorou e que o impacto com a perda de ISS não será tão significativo para municípios.

Destaque também para o Boletim Focus do Banco Central. O relatório mostrou que a expectativa para inflação de 2023 subiu de 5,9% para 5,96%, o que pressiona ativos de risco locais. Para a taxa básica de juros (Selic ), a mediana das estimativas ficou parada em 12,75% no fim deste ano, 10% no próximo e 9% em 2025.

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