Durante a tarde, o ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro falaram em coletiva. Guedes afirmou que “não há nenhuma mudança no arcabouço fiscal”. Segundo o ministro, a solução proposta pelo governo federal para pagar o Auxílio Brasil, “não altera os fundamentos fiscais da economia brasileira.”
Guedes relatou que o governo federal gastou 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em despesas primárias em 2020 e gastará 19,5% neste ano. “Em vez de [gastar] 17,5% no ano que vem, que parece apertado demais, vamos ajudar os brasileiros e reduzir o ritmo do ajuste fiscal”, disse. “Cai para 18,5%.”
Já o déficit primário, “em vez de ser zerado, que seja um déficit de 1%, de 1,5%” do PIB. “Preferimos tirar [nota] 8 em fiscal, em vez de 10, e atender os mais frágeis”, disse. Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou a indicação de Esteves Colnago para o lugar de Bruno Funchal na secretaria do Tesouro e Orçamento.
Bolsonaro afirmou que o Brasil é um dos países que menos está sofrendo e reiterou que tem confiança absoluta em Guedes. “Não faremos nenhuma aventura, não queremos colocar em risco nada no tocante à economia”, disse Bolsonaro.
Ibovespa reduz perda após fala de Guedes
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, reduziu as fortes perdas vistas mais cedo e o dólar passou a operar perto da estabilidade, após coletiva de Guedes, em meio à saída de técnicos do Ministério da Economia na véspera. O mercado reagiu com temor a sua fala alterando a regra de correção do teto dos gastos para viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil.
Por volta das 16h, o Ibovespa recuava 0,37%, aos 107.340 pontos. Na mínima do dia, o índice chegou a cair 4,53%, aos a 102.854 pontos. Já o dólar caía 0,36%, negociado a R$ 5,6448. Mais cedo, a moeda disparou e chegou a atingir a máxima de R$ 5,7545.