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Deezer, rival do Spotify, se aproxima de acordo para abertura de capital
O serviço de streaming de música francês Deezer está se aproximando de um acordo para abertura de capital, ao se fundir com uma empresa de aquisição de propósito específico (Spac, na sigla em inglês) apoiada pela família por trás da gigante de luxo Kering, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, à medida que a demanda do consumidor por música continua crescendo.
O concorrente com sede em Paris do Spotify Technology tem 16 milhões de usuários ativos e está disponível em mais de 180 países, de acordo com seu site. A Deezer oferece aos ouvintes um catálogo com mais de 90 milhões de músicas, além de podcasts, livros de áudio e canais de rádio.
A Deezer está em negociações para se fundir com a I2PO, listada na Bolsa de Paris, disseram as pessoas. A empresa é apoiada pela família Pinault da França, acionista controladora da Kering, proprietária da Gucci, e por Matthieu Pigasse, do banco de investimentos Centerview Partners. A I2PO é dirigida pela ex-executiva da WarnerMedia, Iris Knobloch.
O acordo, se finalizado, pode ser anunciado nos próximos dias, disseram as fontes. Não foram encontradas informações sobre o valor do negócio.
As negociações marcam a segunda tentativa da Deezer de abrir o capital desde que foi fundada em 2007. A empresa já havia abandonado os planos de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2015, após uma queda no número de ouvintes ativos na operadora de rádio on-line Pandora Media sobre as perspectivas para os serviços de streaming. A Pandora foi posteriormente adquirida em 2018 pela Sirius XM Holdings por US$ 3 bilhões.
Desde então, a Deezer levantou 160 milhões de euros de investidores para ajudar a financiar sua expansão, em uma avaliação de 1 bilhão de euros em 2018. A Deezer, como alguns de seus rivais, gera receita com publicidade em seu serviço gratuito, bem como em seu serviço de assinatura premium.
Entre os desafios enfrentados pela Deezer está a forte concorrência dos serviços semelhantes da Apple Music e Amazon, que se beneficiam de sua maior escala e fontes alternativas de receita, permitindo que esses gigantes da tecnologia mantenham os preços baixos em relação aos concorrentes.
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