Você está pronto para correr risco nos investimentos?
Quadro ajuda a identificar os perigos e a escolher os ativos que podem ser mais adequados ao seu perfil
O pilar básico da teoria financeira diz que quanto maior o risco, maior o retorno esperado. Dessa forma, estamos admitindo que o investidor é racional e sempre faz opção pelo maior retorno dado o grau de risco ou pelo menor risco dado o nível de retorno.
Construímos a nossa carteira de investimentos com essa base. Combinando ativos com graus de risco e prazos de vencimento diferentes na perspectiva de obtenção de um retorno médio que permita atingirmos os nossos objetivos financeiros.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Aqui temos o ponto importante na construção da carteira e de todo o planejamento financeiro: o estabelecimento de objetivos.
Imagine alguém que acorda pela manhã e começa uma viagem pegando uma estrada sem motivo algum. O caminho tomado está tanto certo como errado, porque essa pessoa não sabe onde quer chegar.
Se eu não tiver um objetivo bem definido, a iniciativa pode não dar resultado, simplesmente porque não sei qual o desfecho desejado.
Por outro lado, definindo o desejo a ser obtido como resultado de meu esforço, é possível acompanhar a obtenção de metas e ter motivação para conquistar o objetivo.
Investir é buscar um melhor equilíbrio entre risco e retorno
Definido os nossos objetivos, temos condições de estabelecer qual a relação risco e retorno será a mais adequada para a carteira de investimentos.
Algo importante deve ser entendido sobre o risco: não devemos pensar no risco do produto em si, mas sim no risco dos investimentos frente aos nossos objetivos.
Deixando mais claro, o risco da carteira é resultado médio ponderado dos riscos dos investimentos que realizamos para atingir nossas metas.
Assim, escolhemos aplicar recursos que tenham uma relação entre retorno e risco que nos permita atingir os objetivos propostos.
Para ser obtido esse equilíbrio, deve-se considerar duas importantes variáveis de cada investimento em relação ao objetivo estabelecido: prazo e importância.
Para facilitar o entendimento dessa relação para determinar o grau de risco a ser aceito, veja o quadro abaixo que gradua o prazo frente a importância para determinado investimento.
Para não ter dúvidas sobre que nível de risco tomar
Em linhas gerais, quanto menor o prazo e maior a importância, menor deve ser o grau de risco do investimento. Já quanto maior o prazo e menor a importância, maior o grau de risco que poder aceito.
Alguns exemplos para ajudar na composição da carteira:
Uma pessoa que vai se casar em seis meses e tem pequeno volume de recursos na conta corrente. O prazo em que vai precisar de dinheiro é muito curto e a importância dessa grana é fundamental.
Essa pessoa não pode correr risco algum e deve investir em algo de muito baixo risco e alta liquidez. Como um CDB com liquidez diária ou um ETF Tesouro Selic.
Em outro caso, o objetivo da pessoa é aposentar-se daqui a 30 anos. O prazo é longo, mas a importância do investimento é fundamental, já que esses recursos devem ser preservados para o seu sustento na fase após o mercado de trabalho.
Assim, o nível de risco dos objetivos deve ser médio.
Isso sugere aplicar boa parte dos recursos disponíveis para esse investimento em renda fixa com vencimento combinado com a expectativa da aposentadoria. Uma parcela menor dos recursos pode estar em renda variável para buscar um pouco mais de retorno.
Outro exemplo, é aquele que a pessoa recebe um dinheiro inesperado e quer investir somente pensando no curto prazo e em altos retornos. De acordo com o quadro acima, o prazo é longo e a importância é muito baixa, de forma que os recursos podem ser aplicados em renda variável de alto risco.
Por fim, a sintonia mais fina na composição da carteira vai depender do que considera em termos de importância dos recursos investidos e do grau de tolerância a risco de cada pessoa.