Semana pode consolidar cenário para Ibovespa buscar máxima histórica de 131 mil pontos
Ata do Fed e discussão econômica em Brasília dominam as atenções dos agentes financeiros; feriado de Ação de Graças encurta negociações em Nova York
A bolsa de valores brasileira engatou até aqui uma forte recuperação em novembro e pode fechar com a maior valorização mensal de 2023.
Além disso, conforme a evolução dos fatos desta semana, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações doméstico, tende a renovar seus níveis máximos no ano e caminhar na direção de seu recorde histórico: de 130.776 pontos, registrado no pregão de 7 de junho de 2021.
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A seguir, a Inteligência Financeira apresenta o calendário econômico dos assuntos mais importantes para ter no radar nos próximos dias.
B3 abre no feriado
A semana começa com o Dia da Consciência Negra (20) e, apesar de ser feriado em São Paulo, os negócios na B3 ocorrerão normalmente. Isso porque a operadora da bolsa brasileira adotou uma nova programação para manter os negócios em datas regionais.
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Ainda na segunda, o Boletim Focus traz logo cedo as novas projeções do cenário macroeconômico para este ano e os próximos. As estimativas para o IPCA têm caminhado em direções opostas nas últimas semana.
Enquanto as previsões da inflação no fim de 2023 têm recuado, os relatórios anteriores mostraram um aumento nas expectativas para o encerramento de 2024. Vale ainda ficar ligado no panorama para a taxa Selic.
Também na agenda local de indicadores econômicos, o Monitor do PIB está previsto para a terça (21) e a sondagem do consumidor de novembro sairá na sexta (24).
Ata do Fed precede Ação de Graças
No cenário internacional, a semana será mais curta, mas não menos importante de fatos econômicos. O principal deles será a divulgação na terça (21) da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que manteve a taxa de juros no país no intervalo de 5,25% a 5,50%.
O documento deve trazer mais detalhes aos agentes financeiros da discussão de política monetária americana. Com o freio na inflação em outubro, como apontou o CPI na semana passada, e o mercado de trabalho encontrando um ponto de equilíbrio, o consenso do mercado passou a ser de que o Fed não irá subir mais os juros.
Agora, os agentes financeiros começam a colocar no radar quando as taxas poderão começar a cair no país. A chance de o BC dos EUA antecipar o afrouxamento monetário favorece o caminho do BC brasileiro de seguir reduzindo a Selic, derrubando os nossos juros para um dígito em 2024.
Mas como mencionamos acima, as bolsas de Nova York fecham na quinta (23), em razão do feriado do Dia de Ação de Graças, e na sexta (24), quando ocorre a tradicional Black Friday.
Rali do Ibovespa?
Bem, com os indicadores econômicos internos e externos conspirando a favor até aqui, aumenta a possibilidade de o Ibovespa seguir surfando uma onda positiva. Isso, claro, se a agenda política permitir.
Por isso, as discussões em Brasília também dominam as atenções no calendário econômico. A expectativa de que o governo federal, por ora, não mudará a meta fiscal de déficit zero para 2024 é uma boa notícia para os ativos na bolsa brasileira.
A avaliação dos agentes é de que derrubar o compromisso minaria a credibilidade da equipe de Fernando Haddad (ministro Fazenda) e poderia comprometer o avanço das medidas de arrecadação que ainda precisam ser confirmadas no Congresso.
Falando delas, após ser aprovada no Senado com ajustes, a reforma tributária volta à Câmara para uma nova apreciação. Existe uma mobilização para que o projeto seja fatiado. Em linhas gerais, que os pontos em comuns sejam promulgados e as discordâncias fiquem para uma segunda etapa.
Haddad ainda tem trabalhado para concluir até o fim do ano o debate de outras quatro propostas: a da taxação de fundos de alta renda, a que trata do instrumento dos juros sobre capital próprio (JCP), a regulamentação de apostas esportivas e a que altera a tributação de grandes empresas que recebem subvenção dos Estados.
Pois então, todas as declarações dos agentes políticos envolvidos nos assuntos serão avaliadas nos próximos dias, especialmente dos ministro do núcleo econômico, do presidente da Câmara (Arthur Lira), do presidente do Senado (Rodrigo Pacheco) e, obviamente, do presidente Lula.
Dito isso, o panorama favorece a entrada de fluxo para a B3 e assim o mercado já discute se o tradicional rali de fim de ano está em curso. Ou seja, a semana pode mostrar se há condições para o Ibovespa buscar em breve (possivelmente no começo de 2024) a máxima histórica de 131 mil pontos em 2024.
Calendário econômico – 20 a 24 de novembro
Segunda (20)
Feriado do Dia da Consciência Negra: B3 abre
08h25: Boletim Focus (Banco Central)
Terça (21)
10h15: Monitor do PIB de setembro (Ibre/FGV)
16h00: Ata da reunião de política monetária do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA)
Quarta (22)
Sem dados econômicos relevantes
Quinta (23)
Feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA: Bolsas de Nova York fecham
Sem dados econômicos relevantes
Sexta (24)
Feriado nos EUA: Bolsas de NY permanecem fechadas
08h00: Sondagem do Consumidor de novembro (Ibre/FGV)
