Inflação ao consumidor dos EUA fica em 9,1% nos 12 meses até junho, maior índice desde 1981

Indicador registrou aceleração dos preços também de maio a junho

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Foto: Saul Loeb/AFP)
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Foto: Saul Loeb/AFP)

O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) voltou a ganhar força em junho, acelerando-se em relação a maio. O CPI subiu 1,3% em base mensal em junho, depois de avançar 1% em maio. Em base anual, a alta foi de 9,1% em junho, ante 8,6% no mês anterior, informou o Departamento de Trabalho dos EUA. O resultado ficou acima das estimativas de economistas consultados pelo The Wall Street Journal (WSJ), de altas de 1,1% e de 8,8%.

A taxa anual do CPI está no maior nível desde novembro de 1981 e reflete, principalmente, uma alta generalizada, com os índices de gasolina, habitação e alimentação sendo os principais responsáveis pelo aumento. O índice de energia subiu 7,5% no mês e contribuiu com quase metade do aumento, com a gasolina subindo 11,2%. O índice de alimentação subiu 1% em junho, assim como o índice de alimentação em casa.

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Em base anual, o índice de energia subiu 41,6%, a maior alta para um período de 12 meses desde abril de 1980. O índice de alimentos subiu 10,4%, a maior alta em 12 meses desde fevereiro de 1981.

Já o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, teve altas de 0,7% em junho e de 5,9% em base anual, ante leituras de 0,6% e +6% em maio, na mesma base de comparação. A previsão era de aumentos de 0,5% e +5,7%, respectivamente, ainda segundo o WSJ.

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Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, embora quase todos os principais índices de componentes tenham aumentado ao longo do mês, os maiores contribuintes foram os índices de habitação, carros e caminhões usados, assistência médica, seguro de veículos automotores e veículos novos. Os índices de reparação de veículos motorizados, vestuário, móveis e operações domésticas e recreação também aumentaram em junho. Entre os poucos índices que caíram em junho foram hospedagem fora de casa e tarifas aéreas.

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