Bolsas da Ásia fecham em queda com teto da dívida em foco; Tóquio é exceção
O índice Nikkei, de Tóquio, subiu, liderado por semicondutores e eletrônicos
As bolsas asiáticas fecharam em queda nesta quinta-feira (25), enquanto os temores de um possível default pelos Estados Unidos continuam em foco nas mesas de operações.
Além disso, investidores acompanharam a decisão de juros da Coreia do Sul, ao mesmo tempo em que as preocupações com a recuperação chinesa ainda pressionam os ativos.
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Japão e Coreia do Sul
O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, subiu 0,39%, a 30.801,13 pontos, liderado por empresas relacionadas a semicondutores e eletrônicos após balanço da Nvidia.
Entre os melhores desempenhos estavam Advantest, que saltou 16%, Ibiden, que subiu 9,3%, e Sumco, que somou 3,7%.
Já o índice Kospi, da bolsa de Seul, caiu 0,50%, a 2.554,69 pontos. Na Coreia do Sul, o banco central manteve as taxas de juros inalteradas pela terceira vez consecutiva e reduziu sua previsão de crescimento econômico para este ano.
O Banco da Coreia (BoK) manteve a taxa de recompra de referência de sete dias em 3,50% nesta quinta-feira. A política do banco está mudando gradualmente para apoiar o crescimento, em meio a sinais de que a inflação está diminuindo e a economia está perdendo força.
“Em coletiva, o governador destacou que o mercado não deve assumir que o ciclo de aperto do BoK terminou definitivamente e informou que todos os outros membros estavam abertos a uma taxa terminal de 3,75%”, analisa a ANZ.
“De nossa parte, mantemos a opinião de que o próximo movimento da taxa do BoK será um corte, mas acreditamos que um declínio sustentável na inflação interna e no núcleo para a faixa de 2% e a estabilidade externa são pré-requisitos antes que um pivô seja considerado”, completa.
China
Na China Continental, o índice Xangai Composto recuou 0,11%, a 3.201,2605 pontos. As ações de mídia e software caíram, como Mango Excellent Media (-1,0%) e Beijing Kingsoft Office Software (-2,1%)
Já o Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, caiu 1,93%, a 18.746,92 pontos – no menor nível no ano, em meio às preocupações com a fraca recuperação econômica da China e ao impasse nas negociações sobre o teto da dívida dos EUA.
EUA: classificação de risco pode cair
A agência de classificação de riscos Fitch Ratings está analisando se os EUA devem manter sua classificação de crédito máxima, no momento em que a Casa Branca e os republicanos lutam para chegar a um acordo sobre o aumento do limite da dívida.
Na noite desta quarta-feira, a Fitch disse que colocou o rating de crédito “AAA” dos EUA em “perspectiva negativa” à medida que não há previsão para um acordo, apesar de as conversas em Washington estarem caminhando.
“Ontem, Kevin McCarthy novamente expressou otimismo de que um acordo de dívida poderia ser alcançado a tempo de evitar um default. Ele e o presidente Joe Biden se encontraram por quatro horas. Mais conversas são esperadas”, pontua o ING.