B3

A B3, sigla para ‘Brasil, Bolsa e Balcão’, é a bolsa de valores do Brasil, onde se negocia títulos de renda variável.

Se você é um investidor ou tem curiosidade sobre investimentos, certamente já ouviu falar da B3, a bolsa de valores brasileira. Mas você sabe exatamente o que ela é, o que faz e como nasceu? Vamos lá entender toda essa história.

O que é a B3

Sigla para Brasil, Bolsa e Balcão, a B3 é a Bolsa de Valores do Brasil, que fica em São Paulo. Ela surgiu em 2017, com a fusão das atividades BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros) com a CETIP (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados).

Para saber como tudo começou, porém, precisamos voltar para 23 de agosto de 1890, quando Emílio Rangel Pestana criou a “Bolsa Livre”, em São Paulo. Como consequência das políticas econômicas adotadas na época, ela acabou sendo fechada no ano seguinte, mas voltou em 1895, desta vez com nome de Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo. Em 1935, no entanto, mudou de nome mais uma vez e passou a ser Bolsa de Valores de São Paulo, a famosa Bovespa, como era mais conhecida.

Uma curiosidade é que até mais ou menos o meio dos anos 60, cada estado do Brasil tinha a sua bolsa de valores. Só em 2000 que a bolsa de São Paulo e a bolsa do Rio de Janeiro começaram a se unificar a outras bolsas que ainda restavam no país.

O IPO da bolsa

Foi apenas em 2007 que a Bovespa fez seu próprio IPO. No ano seguinte, se juntou à Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e passou a ser chamada BM&F Bovespa. E, como dissemos ali em cima, em 2017, a B3 surgiu sob o formato atual após a fusão da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA) com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP), que tinha surgido em 1986 para dar mais segurança às operações do mercado financeiro.

Quantas pessoas investem na B3?

De acordo com dados da própria B3, no segundo trimestre de 2024, 5,1 milhões de pessoas investiram em renda variável na bolsa de valores brasileira. Em renda fixa, foram 17,7 milhões de investidores.

O que faz a bolsa de valores?

A B3, como as outras bolsas de valores, organiza o mercado de compra e venda de ações e outros títulos. Suas atividades incluem criação e administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos, desde ações e títulos de renda fixa corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juro e de commodities. Um dos seus objetivos é garantir que o mercado tenha liquidez, dando segurança aos interessados em adquirir ou vender ativos.

Também vale lembrar que a B3 é uma sociedade de capital aberto que, inclusive, tem ações negociadas na bolsa como B3SA3.

Onde fica a B3?

A sede da B3 fica na rua XV de Novembro, 275, no Centro Histórico de São Paulo. É um edifício sofisticado, construído na década de 1940, com mármore italiano nas escadas, obras de arte, uma biblioteca e dois auditórios.

É possível visitar a B3?

Sim, é possível fazer uma visita guiada ao MUB3 (Museu da Bolsa do Brasil) de segunda a sábado, das 9h às 17h. Para isso, o entanto, é preciso fazer o agendamento pelo site mub3.org.br.

Qual o horário de negociação da B3?

Em geral, as negociações de ações ocorrem de segunda a sexta-feira das 10h às 17h. Porém, você pode consultar todos os horários no site da B3.

Quais títulos são negociados?

Atualmente, cerca de 500 empresas estão listadas na B3.

Ou seja, todas essas companhias disponibilizam suas ações para serem vendidas e compradas.

Assim, para facilitar todo o processo, a bolsa também divide as essas empresas em diversos setores, como:

  • Bens Industriais
  • Consumo Cíclico
  • Consumo não Cíclico
  • Financeiro e Outros
  • Materiais Básicos
  • Petróleo, Gás e Biocombustíveis
  • Saúde
  • Tecnologia da Informação
  • Telecomunicações
  • Utilidade Pública

Aliás, é possível encontrar na B3 outros ativos que chegaram depois da fusão entre BM&F Bovespa e Cetip. São eles:

  • Ativos de renda fixa públicos;
  • Ativos de renda fixa privados;
  • Cotas de fundos;
  • Derivativos;
  • Mercados à vista, de renda variável, ouro e câmbio.
(Foto: Divulgação/B3)

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