Ativos ilíquidos

O conceito de liquidez é central no mundo dos investimentos. Assim, entender e contar com ativos líquidos na carteira, ou seja, com a possibilidade de convertê-los em dinheiro rapidamente, sem grandes perdas significativas, é o primeiro passo de um investidor, sobretudo no momento de forma a reserva de emergência. Mas e os ativos ilíquidos, qual é o papel deles em um portfólio? Confira a seguir.

O que são ativos líquidos?

Ao contrário dos ilíquidos, os ativos líquidos podem ser rapidamente convertidos em dinheiro. E não só isso: não há perdas significativas de valor. São ativos que possuem alta liquidez, o que é essencial para quem busca flexibilidade e resposta rápida a mudanças no mercado financeiro. Por isso, são os usados para formar a reserva de emergência, para gastos que não estavam previstos.

Em resumo, os ativos líquidos possuem três características principais:

  • conversibilidade rápida, o que vai garantir vendas quase instantâneas em mercados ativos;
  • baixo spread de compra e venda, com custos de transação reduzidos devido à alta demanda e oferta contínua;
  • e estabilidade de preço, garantindo que a liquidação ocorra sem grandes variações no valor de mercado.

Dinheiro e equivalentes de caixa – por exemplo, contas bancárias correntes e a caderneta de poupança – são os ativos mais líquidos do mercado. Além disso, as ações de alta negociabilidade, com grande volume de negociação diária na bolsas, e os títulos do Tesouro também podem ser utilizados para objetivos de curto prazo.

Principais ativos líquidos:

  • Dinheiro em espécie;
  • depósitos em conta corrente;
  • CDBs
  • ações;
  • títulos públicos;
  • contas de poupança;
  • fundos mútuos;
  • fundos negociados em bolsa (ETFs);
  • fundos do mercado monetário. 

O que são ativos ilíquidos?

Os ativos ilíquidos possuem baixa conversibilidade em dinheiro. Assim, o tempo e o esforço para vender esses ativos são maiores, com riscos de perda de valor durante a transação.

Os ativos ilíquidos se caracterizam principalmente por terem um mercado mais restrito, com poucos compradores potenciais. Além disso, envolvem processos complexos de negociação. Nesse sentido, quem precisa negociar com urgência geralmente oferecem esses ativos com descontos significativos em relação ao seu valor de mercado.

Entre os exemplos mais comuns de ativos ilíquidos, podemos citar os imóveis, que geralmente demandam um período considerável para finalizar uma venda. Na lista entram ainda obras de arte e itens colecionáveis.

Principais ativos ilíquidos: 

  • Fundos de investimentos com prazos de resgate longos;
  • Instrumentos financeiros de longo prazo com restrições de saque antecipado;
  • Imóveis;
  • Obras de arte;
  • Itens colecionáveis raros;
  • Investimentos como private equity e venture capital.

Principais características do ativos ilíquidos:

  • Baixa liquidez: os ativos ilíquidos normalmente exigem um período de tempo maior ou condições específicas para serem convertidos em dinheiro;
  • Mercado limitado: podem ter um grupo menor de compradores ou um mercado mais especializado, e isso pode dificultar sua venda;
  • Perda potencial de valor: o processo de venda de ativos ilíquidos pode resultar em perda de valor devido a mudanças de preços ou demanda;
  • Acesso restrito: por fim, o acesso ao valor de ativos ilíquidos pode envolver processos legais, negociações ou condições específicas.

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