No final de outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, aumentou em 1,5 ponto percentual a Selic, que chegou a 7,75% ao ano. A mudança e o novo indicador influencia muita coisa: desde a remuneração daqueles que investem em títulos do governo até as taxas cobradas em empréstimos. “Quando a Selic sobe, os juros de empréstimos também aumentam”, explica Rogério Nakata, planejador financeiro CFP pela Planejar. Se você está pensando em pegar dinheiro emprestado, redobre a atenção e faça a seguintes perguntas:
1. Você realmente precisa do empréstimo?
Antes de tudo, você precisa ter clareza sobre os objetivos por trás do empréstimo e se realmente esse dinheiro é necessário. “Muitas vezes as pessoas pegam um empréstimo como se ele fosse um bombeiro para apagar incêndios. Antes de tomar essa decisão e assumir o compromisso, entenda se é possível se organizar financeiramente, enxugar gastos e fazer alguns ajustes”, ressalta Rogério Nakata.
2. Qual é a melhor opção?
Se chegar à conclusão de que você realmente precisa de um empréstimo, é hora de identificar qual a melhor opção. O mercado oferece uma infinidade de modalidades, como consignado, pessoal, imobiliário e consolidado. Para cada situação existe um tipo de empréstimo mais adequado. O consignado, por exemplo, costuma ter taxas menores por ser descontado diretamente da folha de pagamento. Já o imobiliário tem prazos maiores e foi pensado justamente para a compra de imóveis.
3. Quanto ele custará no total?
Depois de identificar o empréstimo que mais se encaixa nos seus objetivos, você precisa fazer os cálculos para saber exatamente o quanto ele te custará. “Verifique a taxa de juros, o número de parcelas, prazos e o quanto você vai precisar pagar no total”, diz Rogério. Simule opções diferentes em instituições diferentes – algumas até permitem que você faça isso online.
4. Como você vai adaptar suas finanças?
Mais importante do que saber o quanto irá pagar é adaptar suas finanças para receber as parcelas do empréstimo com tranquilidade. Rogério faz um alerta: você precisa ter um orçamento muito bem organizado e disciplina para honrar seu compromisso e não se endividar no caminho. “O ideal é que o valor da parcela não ultrapasse 20% das suas despesas mensais. Caso contrário, pode faltar dinheiro para contas básicas ou até mesmo para a pizza do final de semana”, afirma o planejador financeiro.