A autorregulação para crédito consignado registrou, em 2021, 585 medidas administrativas por irregularidades nesta modalidade de crédito. O acumulado é mais que o dobro do registrado em 2020, ou crescimento de quase 137%, quando 247 punições foram contabilizadas. Os dados são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e foram divulgados nesta terça-feira (15).
Em paralelo, o número de advertências também aumentou em um ano: foram 134 registradas em 2020 contra 245 registradas no ano passado. A quantidade de empresas impedidas de atuar em nome dos bancos incrementou de forma semelhante, saindo de nove entidades em 2020 para 26 em 2021. Somente em dezembro, segundo a Febraban, 27 novas empresas receberam punições – e uma foi impedida de atuar em definitivo.
“O consignado é uma opção relevante entre as operações de crédito e qualquer prática irregular a ele relacionada deve ser extirpada”, destaca Sílvia Scorsato, presidente da ABBC. Na avaliação do presidente da Federação, Isaac Sidney, a conduta firme contra irregularidades demonstra o comprometimento dos bancos com o público. “O rigor com que o setor vem coibindo as ações fraudulentas e criminosas na oferta e contratação do produto demonstra o alto grau de firmeza e comprometimento dos bancos com a transparência e o respeito aos direitos dos consumidores”, aponta, no mesmo comunicado.
A autorregulação do crédito consignado entrou em vigor em janeiro de 2020 com o objetivo de promover a concorrência saudável e incentivar boas práticas de mercado. Desde o início da atuação, 832 sanções foram aplicadas, 379 correspondentes bancários foram advertidos e 179 tiveram suas atividades suspensas temporariamente.
Com Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico