Em um ano, a quantidade de brasileiros com dívidas saltou de 62,6 milhões para 66,5 milhões, mais de um quarto da população, segundo o Serasa Experian. Com a alta de 6% em 12 meses terminados em maio, este é o maior volume de pessoas nessa situação desde o início da série histórica em 2016.
Quais são as maiores dívidas dos brasileiros?
Com os altos juros do mercado, os cartões de crédito têm destaque entre os endividados. Segundo o levantamento, o maior volume de dívidas negativadas está no segmento de bancos e cartões, com 28,2% do total.
Na sequência, aparecem as contas básicas como água, luz e gás agrupadas na área de “Utilities”, com 22,7%. Em terceiro lugar estão dívidas nos setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada.
Entre os Estados brasileiros, São Paulo possui a maior quantidade de inadimplentes. Veja a lista:
São Paulo: 15,6 milhões;
Rio de Janeiro: 6,7 milhões;
Minas Gerais: 6,3 milhões;
Bahia: 4,1 milhões;
Paraná : 3,5 milhões.
“Os consumidores precisam continuar se organizando financeiramente e utilizando ferramentas disponíveis, como o saque do FGTS para tentar tirar o nome do vermelho”, diz, em nota, Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
É importante saber que todos temos despesas maiores ou menores. Afinal, quem consegue pagar um apartamento ou um carro à vista, ou mesmo comprar uma geladeira em apenas uma prestação? Poucos. O problema é quando há o atraso no pagamento dessa dívida e você se torna um inadimplente. Para que isso não aconteça, o melhor caminho é o da organização. Uma pesquisa realizada pela fintech Leve com 3.450 funcionários de empresas de vários segmentos e de diferentes regiões do país apontou que 40% dos colaboradores atrasaram alguma de suas contas no último ano.
Uma maneira que pode te ajudar nessa organização financeira é anotando seus gastos. Tarefa um pouco chata, porém necessária. O ideal é que você registre seu saldo, gastos no cartão, empréstimos, financiamentos, boletos mensais. Com todas as dívidas em uma lista você pode bolar a melhor estratégia para ter tudo sob controle. Isso você pode fazer usando um caderninho ou com ajuda de aplicativos. O importante é fazer.
Portanto, o básico é ter o controle de tudo que entra e tudo que sai da sua conta para ter clareza de para onde o dinheiro está indo. Com isso, você pode cortar gastos desnecessários, focar no essencial e deixar os pagamentos de dívidas previstos e priorizados.
Outro passo essencial nesse processo é não ter vergonha e falar sobre as dívidas. Conversar com a sua família pode ser delicado, mas é importante para todos estarem alinhados e ajudarem a economizar. Falamos pouco sobre educação financeira, mas ela é indispensável. Ela nos ajuda a ter mais informação para melhorar a relação com as finanças. Abra espaço para discussão e aprendizado. Estude para saber como ganhar, poupar, investir e usar o crédito de forma responsável.