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Casa própria: jovens de 18 a 30 anos estão saindo do aluguel, mostra pesquisa
Se engana quem pensa que os mais jovens não pensam em ter uma casa própria. A Geração Z, que tem hoje de 18 a 30 anos, estão comprando mais imóveis. Um levantamento feito pela construtora MRV mostra que esse grupo representa 47% da base de seus compradores em 2023. Além disso, o movimento indica uma tendência de crescimento neste movimento.
“Por nascerem na era digital e se interessarem por buscar novas formas de aumentar a renda, sabemos que esses jovens têm investido em moedas e ativos digitais. No entanto, o sonho da casa própria segue sendo um dos grandes objetivos dessa geração, aliado a fatores como aumento do preço do aluguel e a instabilidade econômica do país. Isso tem colaborado na decisão dos jovens de 18 a 30 anos para a aquisição do imóvel”, destaca Thiago Ely, diretor executivo comercial da MRV.
O que os jovens buscam em um imóvel?
Thiago Ely ressalta que os jovens estão buscando cada vez mais cedo sair da casa dos pais para morar sozinhos ou iniciar uma vida a dois. “Além disso, esse público é mais exigente na hora de comprar e busca por imóveis que sejam sustentáveis, seguros e que ofereçam opções de lazer”, explica.
Já os estados que se destacam nessa lista são Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nessas regiões, a porcentagem de clientes entre 18 e 30 anos representa respectivamente 63%, 58% e, as últimas duas, 53% dos compradores.
Composição de renda como alternativa para a casa própria
O financiamento é uma das opções mais comuns e usadas por quem deseja comprar um imóvel. Assim, Ely fala sobre a composição de renda como uma possibilidade para adquirir um bem maior. As regras para essa composição variam de acordo com a instituição detentora do crédito. Geralmente é possível compor renda com qualquer pessoa, como parentes e amigos.
“Ao compor sua renda, você aumenta o valor que será financiado. Por exemplo: se você tem uma renda de R$ 3 mil, pode comprometer no máximo 30% por mês dela com o financiamento. Ou seja, R$ 900. Ao compor sua renda com mais uma pessoa que também possui renda de R$ 3 mil mensais, juntos, a margem para financiar um imóvel aumenta para R$ 1.800 por mês”, explica o diretor.
Porém, é importante saber que a compra de um imóvel não é uma matemática exata. Em entrevista à Inteligência Financeira, Edson Mendes Araujo, professor da FGV, explica que o imóvel é um bem físico, mas ao mesmo tempo intangível. Entenda, na avaliação de especialistas, como identificar a melhor maneira de dar esse passo.
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