Conheça 5 dicas para economizar na hora de escolher um imóvel para alugar
Despesa com imóvel é cobrada mês a mês e deve ser organizada com prioridade
Alugar um imóvel pode consumir até 30% da fonte de renda, sem causar tanto impacto no orçamento. É o que afirma os especialistas na área. Mas afinal, como economizar no aluguel? Se o valor ultrapassar esses 30%, o orçamento pode ser pressionado pelo peso de outras despesas, como alimentação, transporte, educação e saúde. Além disso, outros fatores podem impactar nessa conta na hora de escolher um imóvel. Um deles é o preço do reajuste no valor do aluguel.
Esse cenário desperta atenção porque o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) apresentou um aumento de 4,34% em janeiro deste ano, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 7,60%, o que representa uma ligeira alta frente ao que foi registrado em dezembro do ano passado, quando ficou em 7,46%.
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O IVAR teve um crescimento em 3 das 4 capitais analisadas pela FGV entre dezembro e janeiro.
Em São Paulo, o índice mensal subiu de 1,62% para 3,66%.
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Em Porto Alegre, a taxa saltou de 0,10% para 9,86%; no Rio de Janeiro, ela aumentou de 1,29% para 3,30%.
Por outro lado, Belo Horizonte foi a única capital em que o índice teve uma queda de 0,68% para 0,16%.
Como economizar no aluguel?
Veja, a seguir, 5 dicas sobre como economizar no aluguel:
1. Antes de alugar, confira seu orçamento
As despesas com aluguel não podem comprometer mais do que 30% da fonte de renda, segundo o consultor de valores mobiliários da CVM e da Planejar, Marcelo Milech. Isso ocorre por causa dos outros custos que irão pesar no orçamento familiar ou individual, que são despesas com transporte, alimentação, saúde e educação.
“Se ultrapassar esse limite, um alerta amarelo é aceso. Esse valor é só um referencial. Tem que ter em mente que é um compromisso de um prazo, a princípio, de até 30 meses, com implicações jurídicas caso tenha inadimplência. Por isso tem que ver o orçamento disponível”, afirma.
Antes de buscar por um imóvel, o professor de finanças André Massaro explica que o ideal é organizar a despesa do aluguel com prioridade. “A principal recomendação para quem quer economizar é lembrar que o aluguel é recorrente. Isso é diferente de economizar para comprar algo, quando você faz um sacrifício financeiro para ter dinheiro e comprar um celular ou um carro, por exemplo. No caso do aluguel, agir assim se tornaria um sacrifício permanente porque trata-se de uma despesa recorrente que acontece mês a mês.”
Segundo o professor, outra opção no orçamento seria cortar gastos que não afetam a qualidade de vida, saúde e bem-estar. Em paralelo, Massaro recomenda buscar uma forma de ter aumento de receita para compensar essa perda no orçamento.
“Você pode também investir em formas de ter um retorno maior, para aumentar a folga financeira a médio e longo prazo. No curto prazo, é preciso pensar em cortes de gastos que não afetem sua qualidade de vida”, afirmou.
2. Pesquise e veja as condições do imóvel
Para Milech, o valor de um imóvel não deve ser o fator decisivo no contrato nem para economizar no aluguel. Apesar de ser a preocupação principal, outros custos podem estar embutidos e devem ser verificados previamente, como a cobrança de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e a mensalidade do condomínio. Para isso, ele recomenda fazer uma pesquisa minuciosa nos sites de anúncios de locação.
“É você fazer uma pesquisa específica sem precisar sair de casa. Há uma série de sites que ajudam e facilitam o processo de busca, inclusive até o processo final de locação. As variações de preços vão decorrer desses aspectos”, diz.
Claro que ninguém vai entrar em um imóvel sem ir pessoalmente lá conferir se ele atende as suas necessidades, certo? Na visita aproveite para avaliar as condições estruturais, as condições da parte elétrica e hidráulica e se é preciso alguma melhoria. Isso porque uma futura reforma exigiria do locatório tempo e energia e isso precisa ser considerado.
3. Observe a segurança da região
A localização do imóvel também entra na conta, mas não apenas em termos econômicos. Buscar uma residência em um bairro tranquilo e menos suscetível a assaltos é importante para sua qualidade de vida.
“Quando o imóvel está muito barato, algum tipo de desconfiômetro deveria estar ligado. Se você vê 10 imóveis e 9 estão custando R$ 2.000 de aluguel, e encontra um por R$ 1.000, alguma coisa pode estar errada com esse último. Quando o milagre é muito grande, deve-se desconfiar do santo. Quando as discrepâncias são muito grandes, tem algum problema, seja no prédio ou questão de segurança na região”, alerta Milech.
4. Localização e bem estar andam juntos
Encontrar um imóvel próximo ao local de trabalho pode gerar economia de custos com transporte, principalmente se estiver em uma metrópole como São Paulo e Rio de Janeiro.
“A possível proximidade com trabalho é um diferencial porque vira economia de recursos, porque um deslocamento maior gera mais custos e o tempo gasto, que é satisfação e qualidade de vida”, diz Milech.
5. Garantias de aluguel
Uma das modalidades mais comuns de garantia para aluguel é ter um fiador ou conseguir um seguro fiança. “A modalidade de seguro fiança é cada vez mais profissional e efetivo para estabelecer uma relação boa com o proprietário e várias corretoras oferecem isso”, explica Milech.
Na modalidade de depósito caução, o aluguel fica na conta do proprietário. “Existe essa modalidade de garantia. Legalmente são três meses caucionados. São despesas que o inquilino tem que levar em conta na hora de avaliar sua disponibilidade orçamentária. É não ficar na ilusão de que só o preço do aluguel importa.”