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Preço do azeite será o vilão do almoço de Páscoa em 2024, mostra levantamento da XP
Estudo da XP mostra que a alta de preços prevista para a Páscoa em 2024 será menos intensa que a variação observada em 2023. A inflação dos itens mais consumidos na data está estimada em 3,63% ante 10,7% do ano anterior.
Entre os produtos típicos do almoço de Páscoa, o preço do azeite está 40,7% mais caro e foi o que teve a maior disparada nos últimos 12 meses. Os dados têm como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“Devido a uma combinação de fatores, com destaque para o fenômeno climático El Niño na Europa”, destaca a XP no relatório sobre o preço do azeite.
Inflação da Páscoa
O consumidor também irá pagar mais caro em 2024 por produtos como açúcar refinado (13,92%), açúcar cristal (7,51%), sorvete (10,43%), outras bebidas alcóolicas (11,27%) e cerveja (3,81%).
Já o bacalhau, um dos itens tradicionais do almoço pascal, manteve o preço praticamente estável (0,46%) em relação ao ano passado, enquanto os pescados de maneira geral subiram 2,68%.
E, na contramão dos itens em alta, o estudo aponta quedas de preço relevantes em produtos como óleo de soja (-22,73%), carnes (-7,95%), margarina (-8,43%) e vinho (-4,38%).
Preços do chocolate
Ainda na cesta de produtos tradicionais da data, a sondagem da XP indica que os consumidores de chocolates em barra e bombom devem gastar até 3,63% mais na Páscoa deste ano.
Contudo, o aumento é proporcionalmente menor do que o visto entre 2023 e 2022 – de 10,7%.
Vale ressaltar que a consulta não inclui o item específico ovo de Páscoa na cesta de produtos analisados.
“Além do aumento da demanda, que pressiona os preços na data comemorativa, outros fatores, como o preço do cacau, influenciam no preço final do produto”, explica Alexandre Maluf, economista da XP.
“O aumento de preços em produtos como achocolatados, barras de chocolates e bombons é fortemente influenciado pelo aumento do valor do cacau no mercado internacional, impulsionado pela quebra de safra nos países produtores, principalmente na África”, prossegue a economista.
“Nos últimos dois anos, no entanto, a alta de preços do chocolate foi ainda maior por conta de um dos ingredientes: o açúcar, que foi impactado pela quebra da safra nos Estados Unidos com reflexos globais na cadeia de produção”, completa Maluf.
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