O que fazer quando um parente pede dinheiro emprestado?

Pense bem antes de dar uma resposta definitiva
Pontos-chave:
  • Se não pode emprestar o dinheiro, diga "não"
  • Considere que o empréstimo foi um presente. Se o parente devolver, você estará no lucro

Quando um parente pede dinheiro emprestado, você fica diante de uma encruzilhada. Há possibilidade de se perder o valor ou a amizade. A família e as suadas economias são prioridade na vida de todos. E fica difícil optar por uma delas. “Receber um pedido de empréstimo de alguém que você ama pode causar desconforto”, diz Ashley R. Agnew, diretora de desenvolvimento de relacionamento da Centerpoint Advisors em Needham, Massachusetts, em reportagem à CNBC. Poucos estão preparados para tomar uma decisão rápida em uma situação como esta. Afinal, o futuro do relacionamento depende da resposta favorável – do ponto de vista do parente, claro.

O que fazer se um parente pedir dinheiro emprestado?

O indicado por especialistas é pensar um pouco antes de falar algo definitivo. Ou seja, não pegue a carteira ou abra o Pix imediatamente. Primeiro é preciso pensar se o que está sendo pedido está ao seu alcance – se não vai atrapalhar seus planos. Uma conversa com um planejador financeiro pode ajudar.

O “sim” imediato pode até prejudicar as suas finanças e também a relação com o parente, já que pode gerar ressentimento. É preciso levar em conta todos os detalhes: quem é a pessoa que está fazendo o pedido e o motivo que demanda recursos. Se o parente pede dinheiro de forma recorrente, pode ter maus hábitos financeiros. Nesse caso, o montante pode acabar rapidamente e novo pedido poderá acontecer em curto espaço de tempo. A resposta negativa pode ser o melhor a se fazer por alguém.

Saiba dizer “não”

Se você optar por emprestar – ou presentear – os recursos, é bom deixar claro que não poderá fazê-lo novamente. Se ele precisar de dinheiro no futuro, terá que pensar em outra fonte. Considere fazer um contrato com os detalhes do acordo. Pode até parecer exagero, mas isso vai proteger o relacionamento e problemas que podem acontecer a partir do “negócio”.

E a sinceridade é sempre o melhor caminho. Se não pode emprestar a soma, diga “não”. Mas de uma forma que gere empatia. Uma boa conversa pode amenizar a vergonha de quem está precisando do dinheiro e proteger a relação com o familiar.

E há maneiras, que não envolvem dinheiro, de ajudar o parente. Ele pode procurar um planejador financeiro, por exemplo. E você, ficar com os filhos do familiar, para que ele participe de entrevistas para conseguir um novo emprego.

A saia é justa. Mas há saídas. E, se quiser priorizar a saúde da relação, considere que o empréstimo foi um presente. Se o parente devolver, você estará no lucro.