O fim do mês chegou: é hora de encarar a fatura do cartão de crédito

Medo de olhar para o total devido? Vamos te mostrar como se planejar melhor
Pontos-chave:
  • Destrinche o que está na fatura do cartão de crédito
  • Ele pode ser um aliado, se usado corretamente

O fim de mês chegou e trouxe com ele a fatura do cartão de crédito. Para muitos, esse é um momento temido. No Twitter, por exemplo, quase todo mês o assunto entra nos trending topics com os usuários aflitos e, muitas vezes, endividados. “Essa sensação de medo acontece quando o valor total da fatura está elevado e o equivalente a quase toda a renda total daquela pessoa ou até superior. Há vários fatores que podem levar a isso”, ressalta Rejane Tamoto, planejadora financeira CFP pela Planejar. 

O descontrole financeiro é um dos mais comuns. “Isso acontece quando o consumidor quer realizar todos os seus desejos e necessidades pelo cartão de crédito, mas não se planeja para isso. Outro fator que pode levar a esse tipo de situação é o imprevisto: o conserto emergencial de coisas em casa e objetos ou mesmo a compra de medicamentos e tratamentos para uma doença”, explica Rejane.

Como analisar os gastos no cartão de crédito

Se você faz parte do grupo de pessoas que se descontrolam na fatura do cartão e vivem com medo de encarar o problema, aqui vai uma notícia: deixar de acessar o aplicativo do seu banco ou postergar o pagamento não trará o seu dinheiro de volta. Pelo contrário: você pode piorar a situação.

“O primeiro passo para sair disso é destrinchar o que está na fatura do cartão de crédito. É comum que as pessoas façam uma planilha e coloquem o cartão como uma única despesa. Sendo que, na verdade, ele é um meio de pagamento para vários gastos que ocorreram ao longo do mês passado”, explica Rejane.

Dessa forma, fica mais fácil identificar os gastos que se repetem, como assinaturas e serviços pagos por meio de aplicativos, e as compras parceladas que já irão comprometer a fatura nos próximos meses. “É importante categorizar todos esses gastos e revisar o que pode ser cortado ou substituído. As assinaturas são um exemplo. Muitas vezes você paga por algo que não está sendo usado com frequência. Tarifas e anuidades também costumam ficar no piloto automático”, ressalta a planejadora financeira. 

Organize seus gastos

Depois, a recomendação é fazer uma projeção das próximas faturas, incluindo estimativas de despesas que sabe que terá ou que quer ter a cada mês. “É uma maneira de estar um passo à frente da fatura e com controle da situação. Assim, você tem liberdade para fazer as compras que deseja, mas de forma planejada”, ressalta Rejane. 

A planejadora deixa a dica: aposte em aplicativos que sincronizam os dados dos cartões ou que facilitam a inserção dos dados. “Você pode até mesmo usar uma planilha ou simples anotações no papel. O importante é testar e descobrir qual a melhor maneira de transformar isso em um hábito”, ressalta. 

Cartão de crédito não é vilão

Tão importante quanto seguir um planejamento é entender que o cartão de crédito pode ser um aliado se usado corretamente. “É um meio que permite postergar o pagamento de despesas para a melhor data de cada pessoa. Ele também pode oferecer benefícios como cashback e milhas. A grande questão é saber usar, planejar as compras e programar o vencimento para depois do recebimento do salário ou das rendas do mês”, diz Rejane.