Brasileiro acredita que situação financeira piorou; saiba como é importante planejar as finanças

De acordo com a pesquisa Perfil do Consumidor, 58% dos entrevistados tiveram mais da metade da renda comprometida com pagamento de dívidas
Pontos-chave:
  • Cerca de 45% dos entrevistados afirmaram que suas economias ficaram piores
  • Para 71% das pessoas está cada vez mais difícil de quitar os boletos

Os últimos anos não têm sido fáceis, não é mesmo? Além da pandemia, que por si só já sacudiu a vida de quase todo mundo, a gente ainda se deparou com a crescente subida da taxa de juros e da inflação, que desencadeou na alta dos produtos e serviços. Dessa forma, o resultado dessa combinação bombástica não poderia ser outro: mudanças (negativas) nas finanças dos brasileiros.

De acordo com a pesquisa Perfil do Consumidor, feito pela Boa Vista, que ouviu 1,5 mil consumidores em todo o Brasil, no primeiro semestre deste ano, 45% dos entrevistados identificaram que suas economias ficaram piores, no comparativo com o ano passado.

Aumento de dívidas

Além disso, 58% dos brasileiros afirmaram que mais da metade de suas rendas foi utilizada para pagar dívidas.

Aliás, o endividamento é um tema em alta, inclusive na pesquisa. Isso porque, 97% dos entrevistados se consideraram endividados no primeiro semestre de 2022.

Assim sendo, para 71% das pessoas ouvidas pela pesquisa, está cada vez mais difícil de quitar os boletos. As principais despesas que fazem os consumidores tremerem na base são:

  • Cartão de crédito;
  • Contas de serviços básicos, como água e luz; 
  • Contas de TV a cabo, internet e telefone fixo;
  • Contas de telefone celular; 
  • Empréstimo pessoal/cartão de loja e aluguel/condomínio.

O que os brasileiros farão depois de quitarem suas dívidas?

Essa pergunta foi feita durante a pesquisa e 25% dos entrevistados disseram que pretendem comprar de novo. O porém dessa resposta é que a situação pode apertar novamente, não é mesmo?

Então, o que deixar de lado se a renda diminuir? As respostas foram:

  • 49% renegociariam as dívidas de carnês e boletos;
  • 37% renegociariam os compromissos assumidos por meio do cartão de crédito;
  • 14% deixariam de pagar empréstimos e dívidas de cheque especial.

Planejamento financeiro é mais do que necessário

A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre expectativas para 2023. E a esperança continua fazendo parte dos brasileiros. Afinal de contas, 90% acredita que a situação financeira irá melhorar.

Mas a gente sabe que não basta apenas o pensamento positivo. É muito importante ter um bom planejamento financeiro para evitar que as dívidas surjam cada vez mais.

Por isso, para começar a organizar as finanças, é primordial que você saiba o quanto gasta para viver. E não ache que para isso é necessário montar uma planilha cheia de números, ou baixar mais um aplicativo para o seu celular. Nada disso! Você precisa apenas saber quanto que entra e quanto que sai da sua conta bancária todos os meses.

Finanças organizadas, partiu investir

Portanto, com os valores corretos do quanto você gasta, é possível começar a se planejar financeiramente para conseguir guardar um montante a cada mês. Assim, com esse valor, é possível construir uma reserva de emergência e evitar que situações críticas de dívidas voltem a acontecer.

Para isso, tenha em mente o quanto você quer guardar e não tire esse valor da sua cabeça. Os especialistas indicam que, pelo menos, 10% da sua receita líquida tenha como destino o investimento. Mas se não for possível, pode separar o quanto der. O importante é guardar dinheiro.

Assim, a cada 15 dias ou 30 dias, você aplica essa quantia no ativo financeiro escolhido, e pode começar a construir um futuro mais tranquilo.