Black Friday, Copa do Mundo e 13º salário: planeje-se antes de sair gastando

Não deixe o clima de festa e a grana no bolso atrapalharem suas finanças

A bola já está rolando lá pelos lados do Catar com o início da Copa do Mundo 2022, que começou no domingo (20). E, além do mundial, que é o queridinho entre a maioria dos brasileiros, outro momento marcante está por chegar: a Black Friday, que acontece nesta sexta-feira (25).

Mas o que estes dois eventos têm em comum? O consumo! Afinal de contas, diversas pesquisas mostram que as expectativas dos consumidores estão bem altas, tanto para a Copa do Mundo, quanto para a Black Friday.

Um levantamento realizado pela Offerwise, em parceria com a Google, mostrou que cerca de 60% dos entrevistados pretendem realizar compras na Black Friday deste ano.

Já de acordo com uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), a Black Friday de 2022 deverá movimentar algo em torno de R$ 6,05 bilhões no comércio eletrônico brasileiro.

Inclusive, este montante é cerca de 3,5% maior do que as vendas registradas em 2021. E esse aumento tão significativo, claro, não envolve apenas esta data. Mas também a Copa do Mundo, as festas de fim de ano e o início do verão.

Sem esquecer que muitas pessoas terão acesso à primeira parcela do 13º salário, que é outro fator que pode ser determinante para novas compras.

“Especificamente sobre a Copa do Mundo, diferente de outros países, esse é o principal evento esportivo para o brasileiro. Isto porque movimenta diversos setores ao gerar novos negócios. Inclusive, modificando a rotina do dia a dia para que as pessoas possam assistir as partidas. E nesse clima de festa pela seleção brasileira e maior disponibilidade de tempo, a tendência de compra associada a boas promoções é ainda maior”, explica Alexander Clein, diretor comercial do Olist.

Black Friday e Copa do Mundo mexem com o consumo

Um outro impacto que a Copa do Mundo traz são os produtos que poderão ser priorizados na Black Friday.

Segundo uma pesquisa feita pelo Mercado Livre, 34% dos consumidores desejam comprar cerveja e picanha na Black Friday. Enquanto 28% comprariam camisa da seleção e vuvuzela.

“Com isso, itens para melhorar essa experiência (também) deverão ser os preferidos nas compras. Entre eles estão: TVs, projetores, aparelhos de som, eletrodomésticos e itens de torcida”, afirma Clein.

O que levar em consideração antes de comprar na Black Friday?

Mas, uma coisa é fato: independentemente de Black Friday ou Copa do Mundo, é preciso ter consciência antes de adquirir algum item. Mesmo na promoção.

Por isso, com a ajuda de Alexander Clein, da Olist e Marcel Jacob, vice-presidente de B2C da Infracommerce, listamos o que você deve levar em consideração para comprar apenas o que realmente precisa.

  • Procure comprar de lojistas ou vendedores com boa reputação: e se for adquirir itens em marketplaces, priorize lojas oficiais. Além disso, fique de olho nas avaliações dos produtos feitos por compradores prévios e procure por selos de identificação da Black Friday.
  • Pesquisar é a palavra-chave: ferramentas e buscadores como Google Shopping ajudam a otimizar as buscas e trazem comparativos de preço dos grandes lojistas de forma mais ágil e prática. E, claro, se o valor estiver muito abaixo do praticado pela concorrência, desconfie.
  • De olho nas regras: fique por dentro das políticas de troca, desistência e garantia.
  • Atenção aos preços antes do dia 25 de novembro: uma parte dos lojistas inicia as promoções gradualmente desde o início do mês, podendo ou não ser mais agressivo na própria data.
  • Se for importante, não deixe para última hora: como os produtos já estão entrando em promoção desde o início do mês, é possível que algumas coisas vão se esgotando ao longo do tempo. Portanto, se é uma compra que você considera essencial, fique esperto para não correr o risco de deixar para última hora e não ter mais esse item disponível.

Atenção ao tempo de entrega do produto

Como estes dois grandes eventos – Black Friday e Copa do Mundo – acontecem simultaneamente, os especialistas apontam que a tendência é a de que o número de pedidos aumente bruscamente. E isto, claro, pode impactar nos prazos de entrega.

Dessa forma, itens planejados para os jogos ou outra ocasião especial, correm o risco de não chegarem a tempo. “Por isso, vale reforçar o ponto de priorizar lojistas ou vendedores bem conceituados e que usufruam de uma logística robusta”, afirma Clein.

Na contramão, ou seja, para os produtos não essenciais, o correto é continuar pesquisando os melhores preços até estar confiante que irá realizar o melhor negócio. Mesmo que a data de entrega possa não ser a mais adequada.

E a condição de pagamento?

Este também pode ser outro fator determinante na hora de escolher por onde adquirir aquele bem tão sonhado na Black Friday.

“Dependendo da modalidade escolhida, o preço final pode ser impactado positivamente. Aquisição via Pix, pagamento à vista e até mesmo crediários próprios, contribuem para melhorar e negociação do preço oferecido. O que evita, assim, financiamentos ou empréstimos”, aconselha Clein.

Em resumo, minha querida leitora e meu querido leitor, é preciso cautela e ter inteligência financeira para comprar o que de fato esteja precisando. Assim, é possível evitar o consumo excessivo, e claro, aquela dívida desnecessária.