Aluguéis têm a maior alta desde 2019: 3,87%

Índice que monitora 25 cidades mostra que, tirando São Paulo, o valor subiu em todos os municípios pesquisados
Pontos-chave:
  • Entre as capitais, os maiores aumentos foram em Curitiba, Florianópolis, Recife, Fortaleza e Belo Horizonte
  • A rentabilidade para os proprietários ficou abaixo dos juros básicos

O preço médio para novos contratos de aluguel residencial teve alta de 3,87% em 2021, segundo o Índice FipeZap. Esta é a maior alta desde 2019, quando o levamento apurou um aumento de 4,93% nos contratos. 

O índice que monitora o preço médio do aluguel em 25 cidades brasileiras encerrou dezembro com alta de 0,80%, o sexto avanço mensal consecutivo e mostrando aceleração frente aos últimos meses: julho (+0,13%), agosto (+0,37%), setembro (+0,52%), outubro (+0,57%) e novembro (+0,66%).

Apesar do preço do aluguel ter ficado mais caro no ano passado, a alta ficou abaixo da inflação calculada pelo IPCA (+10,06%) e pelo IGP-M (+17,78%) em 2021.

Preço médio por m²

O preço médio do aluguel residencial encerrou o mês de dezembro em R$ 31,51/m². Em São Paulo, foi de R$ 39,76 o metro quadrado e, no Rio de Janeiro, R$ 32,16. O aluguel subiu em 24 das 25 cidades monitoradas, menos em São Paulo, onde houve recuo de 0,92% no ano, na média.

As maiores altas foram registradas em São José/SC (26,02%), Guarulhos/SP (18,64%), São José dos Campos/SP (16,38%) e Joinville/SC (14,69%). Entre as capitais, destaque também para o aumento em Curitiba (14,17%), Florianópolis (11,59%), Recife (11,19%), Fortaleza (9,55%) e Belo Horizonte (7,17%).

Rentabilidade para proprietários piorou

O Índice FipeZap também calcula a rentabilidade do aluguel para o investidor que compra um imóvel para ter renda com a locação. O indicador é feito pela razão entre o preço médio de locação mensal e o preço de venda dos imóveis. Essa relação fechou dezembro com uma taxa anualizada de 4,66%. Como base de comparação, os juros básicos estão em 9,25%. A pior rentabilidade foi a de Fortaleza, com taxa anualizada de 3,48% , enquanto que a melhor foi a de Santos (7,61%). Em São Paulo, ficou em 4,91%.

Com reportagem do G1