Títulos públicos de curto prazo: quais são as opções para quem tem pressa?

A escolha muda de acordo com seus objetivos. Entenda o que você deve levar em consideração
Pontos-chave:
  • Se você desistir da aplicação e resgatar o título antes do prazo, pode ser penalizado pela marcação a mercado
  • Atenção: as taxas prefixadas estão boas, mas podem sofrer com o aumento dos juros

Se você já pensou em investir na renda fixa, deve ter considerado os títulos públicos de curto prazo. Quem tem pressa pode escolher entre algumas opções. “Acredito que estamos em um bom momento para investir em renda fixa, principalmente de curto prazo, porque as taxas estão altas. Ao pegar títulos mais longos, você geralmente tem uma perspectiva de inflação mais baixa em um cenário mais previsível. Hoje estamos vivendo um período de incertezas”, ressalta Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos. 

Quais as melhores opções?

A escolha depende dos seus objetivos. Segundo Nicolas, você precisa entender se está mais ou menos disposto a sentir os efeitos da marcação a mercado. Marcação a mercado (MaM) é a atualização diária dos preços dos ativos em carteira. Ou seja, se você desistir da aplicação e resgatar o título antes do prazo, pode ser penalizado. “Se você não quer correr esse risco, é melhor ficar no Tesouro Selic, já que ele tem uma marcação mais tranquila que os outros”, ressalta Nicolas.

Por outro lado, se você está mais disposto a sofrer a marcação em um mercado um pouco mais volátil, mas ainda sem grandes riscos, pode explorar outras opções. “Acredito que títulos indexados à inflação sejam mais atrativos nesse momento. As taxas prefixadas estão boas, mas esses títulos podem sofrer nesse processo de elevação de juros”, explica Nicolas. O economista destaca o Tesouro IPCA+ como uma opção interessante. “Um título que te protege da inflação é o que faz mais sentido agora”, conclui. 

Conheça suas despesas futuras

Aqui vai uma dica que vale ouro: o investimento em títulos públicos deve estar alinhado às suas despesas futuras. “O maior pecado de quem investe em renda fixa é “descasar” os prazos com as despesas. Você precisa ter em mente todos os seus gastos para os próximos meses. Se tiver alguma despesa grande, é melhor deixar uma reserva em conta corrente ou em um título como o Tesouro Selic”, ressalta o economista.