Dica do especialista: renda fixa não é tão previsível como se imagina

Títulos IPCA+ ou atrelados à inflação de longo prazo, geralmente, não vão ter relação com a inflação no curto período; saiba mais
Pontos-chave:
  • A redução na taxa que o produto é negociado em mercado é muito mais relevante no curto prazo

Se você está querendo proteger seus investimentos da subida da inflação ao escolher um produto de renda fixa, Lucas Queiroz, estrategista do Research para Pessoa Física do Itaú BBA, dá uma dica importante e que, de acordo com ele, muitas pessoas não se deram conta até hoje: “títulos IPCA+ ou atrelados à inflação de longo prazo, ou seja, com prazo de vencimento muito longo, num curto período, não vão ter nada a ver com a inflação”, afirma.

Por isso, o especialista conta que entre 2020 até os últimos meses, tivemos uma subida da inflação, o que surpreendeu a todos. “Ao mesmo tempo, quem investiu nesses títulos de renda fixa, viu uma rentabilidade muito ruim, o que significa que ele não foi protegido no curto prazo”, diz.

Por outro lado, neste último mês, vimos a inflação dando sinais de arrefecimento. “O que já era esperado. Então, diferentemente do que a maioria das pessoas pensa, esses títulos não vão passar a render menos. Pelo contrário! Esses títulos têm tido uma performance excepcional”, esclarece.

Por que a renda fixa não é tão previsível?

Queiroz explica que a resposta para essa dúvida está no processo de marcação a mercado nesses títulos. “Ou seja, a redução na taxa que o produto é negociado em mercado é muito mais relevante no curto prazo do que o carrego que a inflação traz para esse tipo de título”, conta.

Por isso, antes de fazer qualquer tipo de investimento, estudo sobre o ativo e verifique se, de fato, o produto é boa escolha para os seus objetivos.

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