Renda fixa na mira dos investidores

Migração para ativos com menos risco deve aumentar
Pontos-chave:
  • Títulos do Tesouro Direto têm se tornado ainda mais atrativos
  • Prefixados têm mais risco de dar retorno ruim aos investidores

Criptomoedas em queda, renda variável que não vale mais tanto o risco, juros subindo para conter a inflação no mundo. E, no meio de tudo isso, está você, investidor e investidora, que se pergunta: “o que fazer agora?”. No Manhã Inteligente desta quinta-feira (12), o especialista em investimentos do Itaú Unibanco, Caio Camargo, foi assertivo. “O investidor vai continuar migrando para a renda fixa”, disse Caio.

Fique de olho nos juros pagos pelos ativos

O primeiro ponto que você deve analisar é o prêmio pago pelos ativos, ressalta o especialista. “As taxas estão bastante atrativas, tanto nos prefixados, quanto para ativos atrelados à inflação. E os investimentos pós-fixados, que acompanham a Selic, que tem perspectiva de novos aumentos, também.”

Tesouro Direto ficam mais atrativos

Para Caio, os títulos do Tesouro Direto têm se tornado ainda mais atrativos. “Saímos de uma Selic de 2% ao ano para quase 13%, mas, obviamente, acho que, antes de tudo, é importante que o investidor entenda que existe um risco atrelado a esse tipo de investimento. Tirando o Tesouro Selic que é pós-fixado, um pouco mais conservador, o prefixado tem risco de baixa rentabilidade um pouco maior”, afirma.

Seja fiel a você mesmo

O que fazer, então? Seja fiel a você mesmo, estando alinhado com seu perfil de investidor e com seus prazos. E aí sim, olhe para as taxas, que estão bastante atrativas, pagando 6% de juro real, ou seja, sem a perda da inflação. “Vale a pena pensar na migração para renda fixa, que, além de tudo, vem acontecendo também por conta da volatilidade da renda variável. Os investidores acabam analisando seus portfólios e saem um pouco de renda variável, esperando um ano fiscal mais complexo. Porque não podemos esquecer que estamos entrando em período eleitoral, em meio a um cenário externo está bastante conturbado. O medo ao risco só aumenta”, afirma Caio.

Colaborou Gustavo Zanfer