Renda fixa: como funcionam os fundos de gestão ativa?

Superar os índices de referência é a meta com esse tipo de gestão, mas abordagem implica mais riscos que a gestão passiva dos fundos. Entenda


Você provavelmente já encontrou as palavras ativo e passivo ao ler sobre fundos de investimento. O fato de essas expressões acompanharem as estratégias da gestão de ativos diz muito sobre os produtos contratados. E saber sobre isso ajuda a entender mais sobre o funcionamento da gestão desses fundos de investimento, bem como os riscos envolvidos.

Mas o que é uma gestão ativa e como essa estratégia funciona na renda fixa? Geralmente, esse tipo de abordagem nos fundos de investimento está muito ligado ao universo de renda variável, mas não é uma exclusividade do mundo da Bolsa.

Vamos no básico primeiro: gestão ativa é um tipo de abordagem nos fundos de investimento em que o gestor responsável pela estratégia busca retornos acima do índice de referência. É bem diferente da gestão passiva, que busca apenas acompanhar os benchmarks adotados.

Por exemplo, nos fundos de ações, geralmente, o referencial é o Ibovespa, maior índice de ações do Brasil. Já nos fundos de renda fixa, os benchmarks mais utilizados são o CDI (que acompanha quase à risca a taxa Selic) e o IPCA (índice de inflação).

E como o gestor faz para superar o índice de referência adotado por um fundo de investimento? Justamente por meio da gestão ativa, na qual ele seleciona os ativos “a dedo”, com o objetivo de ter um desempenho melhor que o seu índice de referência.

Por exemplo, no fundo de investimentos Kinea IPCA Dinâmico, a gestora Kinea adota a estratégia ativa, que inclui ativos de mercados de juros, inflação, moedas e crédito privado no Brasil e exterior. Já no fundo Itaú IPCA Action RF, a estratégia ativa busca superar o IPCA + 3% nos médio e longo prazos, atuando principalmente nos mercados de juros, índices de preço e crédito privado no Brasil.

Mas vale lembrar que, quanto maior a chance de retorno acima do benchmark, maior será o risco tomado para chegar a tal objetivo. Ou seja, fundos de gestão ativa podem ser mais voláteis e apresentar mais riscos em relação aos de gestão passiva. Por isso, é preciso levar em conta, antes de investir em um fundo com essas características, o seu perfil de investidor e apetite ao risco.

Dessa forma, é possível entender o quanto vale a pena investir em fundos de gestão ativa, tanto na renda fixa quando na renda variável. Mas se o seu objetivo na renda fixa é superar os índices atuais de juros (CDI) e inflação (IPCA), os fundos com esse tipo de abordagem podem ser boas opções.

*Texto escrito por Leonardo Pinto, é jornalista. Artigo originalmente publicado no feed de notícias do íon Itaú. Para ler este e outros conteúdos, acesse ou baixe o app agora mesmo.