Número de investidores em Tesouro Direto aumenta quase 74% em março

Quantidade de pessoas é a maior da série histórica iniciada em 2002
Pontos-chave:
  • Os títulos indexados à inflação corresponderam a 31,5% do total
  • Investimento em prefixados representa 10,53%

O número de investidores cadastrados no Tesouro Direto aumentou 73,94% em março, na comparação com março de 2021, informou a Secretaria do Tesouro Nacional, no Balanço do Tesouro Direto. São ao todo 17.891.025, dos quais 1.900.778 têm alguma aplicação no programa. O número de investidores ativos é o maior da série histórica iniciada em 2002.

Entre os fatores para o aumnto no interesse por esse tipo de aplicação, os técnicos do Tesouro apontam as oscilações da Bolsa de Valores, acentuadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia. A alta da taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano, também aumenta a procura por papéis indexados a ela.

O Tesouro Selic respondeu por 57,97% das vendas realizadas no Tesouro Direto no mês de março. Foram vendidos R$ 2,40 bilhões e resgatado R$ 1,04 bilhão, resultando numa emissão líquida de R$ 1,36 bilhão.

Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) corresponderam a 31,5% do total das vendas e os prefixados, 10,53%.

No total, foram realizadas em março 581.497 operações, no valor total de R$ 4,13 bilhões. Os resgates chegaram a R$ 2,02 bilhões. Dessa forma, houve emissão líquida de R$ 2,11 bilhões.

As aplicações de até R$ 1 mil representaram 58,43% das operações de investimento no mês, segundo o Tesouro Nacional. No entanto, o valor médio por operação foi de R$ 7.105,91.

Quanto ao prazo, a maior parcela das vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre 1 e 5 anos, que alcançaram 81,25% do total. As aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 17,09%, enquanto os títulos com vencimento de 5 a 10 anos corresponderam 1,66% do total.

O estoque aplicado no Tesouro Direto chegou a R$ 86,41 bilhões, um aumento de 3,87% em relação ao mês anterior, quando atingiu R$ 83,19 bilhões.

Apesar da procura pelos títulos indexados à Selic, os papéis remunerados por índices de preços ainda são os mais representativos do estoque: R$ 47,29 bilhões, ou 54,72% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 24,87 bilhões (28,78%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 14,25 bilhões, com 16,49% do total.

A parcela do estoque com vencimento em até 1 ano fechou o mês em R$ 6,43 bilhões, ou 7,44% do total. Entre 1 e 5 anos, foi de R$ 55,60 bilhões (64,34%). Acima de 5 anos, R$ 24,39 bilhões (28,22%).