Metaverso vira produto de investimento no Itaú

A aplicação é feita via COE, que é uma porta de entrada para a diversificação, com a possibilidade de rentabilidade diferenciada de renda fixa com a segurança do capital protegido no vencimento
Pontos-chave:
  • O momento é oportuno para as empresas que oferecem soluções no ambiente do metaverso
  • A aplicação começa em R$ 5 mil, com prazo de vencimento em até cinco anos

O Itaú está lançando hoje (7) o Certificado de Operações Estruturadas (COE) Autocall Metaverso. Este é o primeiro produto de investimento do banco com foco em empresas voltadas ao novo ambiente virtual tridimensional, compartilhado e interativo, que está atraindo as atenções em todo o mundo e não só no segmento de criptoativos.

Claudio Sanches, diretor de Produtos de Investimento e Previdência do Itaú Unibanco, aponta que é um “momento de mercado oportuno para as empresas que já estão preparadas para oferecer soluções no ambiente do metaverso”.

O que compõe o COE?

As quatro companhias que compõem o COE, listadas na Nasdaq, foram selecionadas após a realização de 50 simulações, considerando 11 empresas com negócios relacionados ao metaverso e que apresentaram menor nível de correlação com melhores recomendações.

Duas delas são amplamente conhecidas e estão entre as maiores de seus segmentos: a Intel, uma das maiores fabricantes de chips e processadores do mundo, e a Meta, dona do Facebook, e que pretende expandir o metaverso, atuando com diversas empresas para construir uma experiência imersiva no ambiente virtual.

As duas outras são a Roblox, uma plataforma que permite a criação de universos multiplayers em que os usuários podem acessar, explorar, interagir e jogar, e a Matterport, empresa líder em digitalização espacial, que oferece ferramentas para mapear espaços físicos e compartilhar o layout na nuvem.

“O nosso COE é uma boa porta de entrada e um caminho adequado para quem está disposto a diversificar os seus investimentos nesse novo segmento, pois oferece a possibilidade de rentabilidade diferenciada de renda fixa, atrelada a uma cesta de ações, com a segurança do capital protegido no vencimento, caso as ações não performem”, diz Claudio Sanches, diretor de Produtos de Investimento e Previdência do Itaú Unibanco.

Questionado sobre os riscos que uma forte desvalorização das ações, como aconteceu com a Meta na última semana, após a divulgação dos resultados do último trimestre, poderia trazer em um investimento como esse, Sanches respondeu que não se trata de “um produto de risco altíssimo, pois além de ser de longo prazo, no pior cenário o cliente vai receber o capital investido no vencimento”, que é uma das principais características de um COE.

“Dependendo do ponto de vista, a queda recente das ações pode ser uma oportunidade para o investidor entrar no produto com as ações num patamar de preço mais interessante”, afirmou.

Por ser um produto com a dinâmica de Autocall, explica o Itaú, o COE opera com resgates a cada seis meses, desde que as ações fiquem acima dos seus preços iniciais, com o investidor recebendo o capital inicial investido mais o cupom, que pode ficar entre 13% e 15% ao semestre. Caso as ações fiquem abaixo, o investidor tem a opção de manter o investimento até os próximos vencimentos ou resgatar o capital investido inicialmente, sem perdas.

O COE Itaú Metaverso está disponível a investidores em geral, com aplicação a partir de R$ 5 mil, com prazo de vencimento em até cinco anos.

Com reportagem do Valor Investe