Glossário do investidor: termos que você precisa conhecer antes de investir

Se você não consegue acompanhar o palavreado dos gurus de finanças e planejadores financeiros, conheça os termos mais importantes antes de aplicar seu dinheiro

Ao começar a investir é normal se deparar com um vocabulário completamente novo. É a mesma sensação quando se avança na jornada de investimentos, colocando o dinheiro em novos produtos financeiros. É comum ficar confuso com tantos termos nunca vistos.

Confira o significado de alguns dos termos mais comuns quando se trata de investimentos.

Fundo Garantidor de Crédito (FGC)

Você dorme tranquilo com a certeza de que seu dinheiro não irá desaparecer de uma hora para outra? Ótimo, mas veja: há cenários que fogem do controle, como a falência de um banco, e que podem te pegar de surpresa. Calma. Não queremos que você tenha insônia a partir de agora. Você pode voltar o dormir por um motivo: o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) existe.

O Fundo Garantidor de Créditos foi instituído para proteger uma série de aplicações negociadas por instituições financeiras que fazem parte dele. O mecanismo assegura uma cobertura de R$ 250 mil por conta (CPF ou CNPJ) em entidades distintas ou até o limite de R$ 1 milhão somando o total investido
nelas. O teto é renovado a cada quatro anos.

Quais são as operações protegidas pelo Fundo Garantidor de Créditos? Veja aqui.

Abertura de mercado

A abertura de mercado é o início das operações da Bolsa de Valores (B3). É quando o preço de uma determinada ação se forma, o que pode sofrer interferência de fatos e oscilações dos mercados internacionais e de anúncios de empresas de capital aberto no Brasil. Saiba mais.

Perfil de investidor

Um questionário que você preenche para saber quais são seus objetivos e o quanto risco você tolera ao investir. Ele é importante porque é baseado nele que você vai poder escolher os produtos financeiros mais adequados. Saber sua tolerância ao risco é essencial porque todo investimento tem algum nível de risco. Dessa maneira, você não vai perder noites de sono pensando se poderia estar ganhando mais dinheiro, ou se não está arriscando além da conta. Conheça os diferentes perfis e identifique o seu.

Ação

Uma ação é um pedaço de uma empresa. Ao comprar uma ação, você se torna acionista minoritário daquela companhia. Em outras palavras, você passa a ser dono de um pedacinho daquela companhia.

As ações fazem parte da classe de ativos de renda variável. O investidor de ações pode ganhar dinheiro (ou perder) no momento da venda. Mas ele também pode receber proventos. Basicamente existem três tipos de ações: preferenciais (seus detentores têm a preferência no recebimento de proventos, mas não têm direito a voto nas assembleias), ordinárias (têm direito a voto) e units (formadas por preferenciais e ordinárias).

Este vídeo explica o bê-a-bá das ações.

ADR (American Depositary Receipt)

ADR, ou recibos depositários de ações, é um ativo negociado em dólar nos Estados Unidos, mas emitido em outros países. Saiba mais.

After market

After market é o termo em inglês para as negociações que acontecem após o fechamento do mercado. Ele também é conhecido como after hours. No caso da Bolsa brasileira, que encerra o pregão às 17h, ele acontece das 17h30 às 18h.

Ativo financeiro

O ativo financeiro é o mesmo que investimento ou produto financeiro. Há diversos ativos no mercado, como ações, títulos públicos e privados, BDRs, ADRs, ETFs.

Liquidez

É a agilidade com a qual você resgata um investimento. Quanto maior a liquidez, mais fácil e rápido é o resgate. O investimento em imóveis, por exemplo, é conhecido pela baixa liquidez. Afinal, não é comum vender uma casa do dia para a noite. Isso torna esse tipo de investimento pouco líquido. Por outro lado, as ações da Petrobras, uma das mais negociadas da bolsa brasileira, são extremamente líquidas. Isto significa que é fácil encontrar um comprador para o papel.

Riscos

É a probabilidade de você perder dinheiro ao investir em um ativo. Investimentos com baixa liquidez trazem consigo um risco maior. Como transformar aquele ativo em dinheiro é mais difícil, o investidor pode se ver em uma situação em que ele pode precisar da grana, mas não consegue achar compradores para aquela cota em um fundo ou ação pouco negociada. Por isso, a recomendação é ter investimentos com diferentes níveis de liquidez.

Renda fixa

A renda fixa é uma classe de ativos que tem regras e prazos para remunerar seus investidores. Saiba mais.

Renda variável

A renda variável é uma classe de ativos que não tem retorno estabelecido. Ao contrário da renda fixa, na variável o investidor não consegue ter uma estimativa do quanto vai ganhar com a aplicação. Ações, fundos multimercados e fundos imobiliários são alguns exemplos de investimentos em renda variável.

Títulos públicos

O Tesouro Direto oferece papéis emitidos pelo Tesouro Nacional e o investidor se torna credor do Governo Federal. O investimento é considerado de baixíssimo risco e, porque o pagador é uma instituição sólida como o governo, o pagamento é garantido. Por isso, esses títulos são considerados seguros. A liquidez é bastante alta, porque o governo garante a recompra, e o investidor pode começar com apenas R$ 30. O pontapé para entrar nessa modalidade de investimento é ter conta em alguma corretora de valores e estar cadastrado no site do Tesouro Direto.

Títulos privados

Os títulos privados são papéis emitidos por empresas privadas. Os principais exemplos são CDBs (pré, pós ou híbrido), CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócios), LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito Agrícola), debêntures, Letras Financeiras, Letras de Câmbio e Letras Hipotecárias.

Glossário da Inteligência Financeira

Não encontrou um termo e quer saber o que ele significa? Confira o glossário da Inteligência Financeira.