ETFs: como investir em fundos que acompanham índices da economia verde

Você não precisa assinar listas de ONGs para apoiar o meio ambiente. REVE11, YDRO11 e ECOO11 podem trazer responsabilidade ambiental para a carteira de investimentos

Um voluntário de uma ONG em prol do meio ambiente já te abordou pra assinar uma lista pra defender a Amazônia, estimular uma economia mais verde, limitar a emissão de CO2 e reduzir os impactos do efeito estufa? Se sim, você já deve saber que existem outras formas até mais eficazes de atuar de forma sustentável.

Você pode reciclar, fechar a torneira enquanto escova os dentes, não jogar lixo na rua, adotar uma sacola sustentável, comprar alimentos direto do produtor… E, acredite se quiser, dá até pra investir pensando no meio ambiente. A forma mais simples e barata é por meio dos ETFs – Exchange Traded Funds ou, simplesmente, Fundos de Índice. ETFs seguem sempre um índice de referência e já existem vários deles que acompanham os parâmetros da economia verde. Quer entender como? Então, continue aqui que te explicamos em detalhes.

Por uma economia mais verde

A economia verde é uma evolução da economia tradicional. Ela foca no desenvolvimento sustentável sem degradação do meio ambiente e busca reduzir significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica.

O conceito foi criado em 2008 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e, desde então, seus ideais são perseguidos por diversas nações, comunidades e empresas.

Dados mostram que a economia verde já é representada por mais de 3 mil empresas listadas nas Bolsas ao redor de todo o mundo, totalizando uma oportunidade de US$ 4 trilhões – equivalente a mais de 5% do total do mercado de Ações.

E é aqui que alguns ETFs podem entrar pra compor uma parcela de sustentabilidade nas carteiras de investimentos.

  • REVE11: O ETF replica a carteira do Índice Russell 1000 Green Revenues 50, dando acesso a grandes empresas engajadas na transição pra uma economia verde, como Tesla, Cisco, Waste Management.
  • ECOO11: Olhando para a revolução da economia verde no Brasil, o ECOO11 tem exposição de empresas brasileiras que produzem menos gases de efeito estufa e que colaboram com a redução da emissão de carbono. O ETF usa como referência o Índice Carbono Eficiente – ICO2.

Energia limpa é o poder do futuro

Fontes renováveis de energia são destaque na economia verde e a principal aposta é no hidrogênio, o elemento mais abundante da terra, com alto poder de combustão e grande potencial para revolucionar o mercado de energia.

Além do potencial de redução de emissão de gás carbônico, o hidrogênio pode, no futuro, substituir o gás natural para fornecer aquecimento e ser usado no refinamento de petróleo. O elemento também é uma alternativa aos combustíveis fósseis utilizados por carros, ônibus e aviões.

Em um cenário de emissão zero de gás carbônico (CO2) até 2050, a demanda global de hidrogênio pode quase triplicar até 2030, atingindo mais de 200 milhões de toneladas, segundo a Agência Internacional de Energia.

Do lado econômico, o Departamento de Energia dos EUA estima que todo o ecossistema que gira em torno do hidrogênio chegará uma receita anual de US$ 750 bilhões até 2050, com um total de 3,4 milhões de empregos criados.

Parece promissor, certo? Por isso, já é possível fazer investimento nessa transformação do setor de energia.

  • YDRO11: Este ETF dá acesso a 19 empresas especializadas na produção, armazenamento e transporte de hidrogênio e na concepção e fabricação de células de combustível. O YDRO11 replica o Índice S&P Kensho Hydrogen Economy.

Apesar da relevância da energia limpa para a economia verde, outras frentes, como água, controle de poluição, alimentação sustentável, agricultura, bem-estar humano e equidade social também vêm sendo abraçadas pelos investimentos com a sigla ESG, sendo o “E” representado pela dimensão de meio ambiente, o “S” pela dimensão social e o “G” pela dimensão de governança corporativa. E assim, cada dia mais, investimentos e sustentabilidade se aproximam.

*Texto escrito por Ana Carolina Aires, jornalista e CEA. Artigo originalmente publicado no feed de notícias do íon Itaú. Para ler este e outros conteúdos, acesse ou baixe o app agora mesmo.