ETF de criptomoedas do metaverso deve estrear na Bolsa

Investimento é alternativa para diversificar a carteira, mas o risco é alto
Pontos-chave:
  • O metaverso é uma espécie de mundo digital 3D que será o futuro da internet
  • Retornos não são garantidos e podem acontecer perdas

A casa de investimentos Investo abriu na quinta-feira (17) o período de reserva para comprar um ETF de criptomoedas do metaverso antes da estreia na B3, prevista para 4 de abril. Os ETFs são fundos de investimentos negociados em Bolsa de Valores que acompanham a carteira de um indicador e essa gestora independente é especializada nesses produtos. Esse, em especial, é um ETF de alto risco.

Já o metaverso é uma espécie de mundo digital 3D que, alguns afirmam, será o futuro da internet. A ideia é que, em vez de olhar pelas telas, as pessoas estejam dentro delas, interagindo. Para isso, terão avatares que serão seus representantes no mundo digital. Dentro do metaverso, são criadas e negociadas obras de arte e outros objetos, conhecidos como NFTs (sigla em inglês para tokens infungíveis, ou seja, que representam algo único).

Com o código “NFTS1”, o novo ETF comprará criptomoedas do setor de entretenimento e mídia localizadas nas principais plataformas do metaverso, onde as NFTs são criadas e negociadas. Os ativos que o fundo investe compõem o índice de criptomoedas do metaverso, o “MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders”. Entre as principais criptomoedas listadas no indicador estão Decentraland, The Sandbox e Axie Infinity.

O produto cobra taxa de administração de 0,75% ao ano e a cota custa R$ 100. Como outros ETFs de renda variável, há cobrança de imposto de 15% sobre o ganho de capital na venda das cotas, e se a operação for de day trade, a alíquota será de 20%. O período de reserva acaba em 29 de março e o pedido pode ser feito pelas corretoras BTG, Nu Invest, Modalmais e Vitreo. “Queremos ajudar o brasileiro que deseja investir no mercado de criptomoedas ligadas às NFTs de forma segura, por meio da corretora e de um ETF regulado”, afirma Cauê Mançanares, presidente da Investo.

Diversificação com riscos

A casa diz que o fundo de investimento é uma alternativa para diversificar a carteira, pois permite se expor a diferentes ativos de criptomoedas por meio de uma cota única. Contudo, adverte que é necessário entender os riscos envolvidos. Como todo investimento em criptomoedas, não dá para garantir retornos e podem acontecer perdas, dada a volatilidade dos ativos que compõem o produto.

Com reportagem do Valor Investe