Dica do especialista: debêntures incentivadas com isenção de Imposto de Renda
- Título financiam projetos de infraestrutura
- Ativos não têm a garantia do FGC, então existe o risco de crédito da empresa
Alguns investimentos são isentos de Imposto de Renda. A debênture incentivada é um desses exemplos. O título nasceu para financiar projetos de infraestrutura do governo e é lançado por empresas que pretendem captar recursos para executar obras de infraestrutura ou serviços que beneficiem o país — como, por exemplo, estradas e aeroportos. Só para você ter uma ideia, o total de projetos subiu de 58 em 2020 para 124 em 2021, um recorde.
Neste contexto, o especialista líder em investimentos do Itaú Unibanco, Victor Vietti, citou no Manhã Inteligente desta quinta-feira (14) a carteira de debêntures incentivadas da Itaú Corretora. Ali estão 10 debêntures, com vencimento entre 2028 e 2031. “Um exemplo é o título da Autopista Litoral Sul (PLSB1A), que está pagando inflação mais um cupom de 5,7%, ou seja: há um ganho real acima da inflação”, disse Victor. A Autopista Litoral Sul tem a concessão da malha rodoviária de 357 km de extensão, conhecida como o Corredor do Mercosul, que vai de Curitiba à região metropolitana de Florianópolis. A concessão é federal, regulada pela ANTT com prazo de 25 anos, que termina em fevereiro de 2033. Quando a pandemia atingiu seu auge, em 2020, a companhia teve um impacto de apenas 1,5% no tráfego em relação a 2019.
O investidor e a investidora que decidirem aplicar em debêntures incentivadas precisam conhecer os riscos que correm. Um deles é o de crédito. No caso da carteira do Itaú, a instituição leva em consideração a situação atual das companhias que compõem a carteira e a evolução esperada das métricas de crédito no curto e médio prazos. “Esses ativos não têm garantia do FGC, então existe o risco de crédito da empresa, porque não tem essa proteção caso a empresa tenha alguma dificuldade”, disse Victor.
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