8 passos para começar a investir hoje

Você vai precisar de disciplina e uma reserva de emergência
Pontos-chave:
  • É possível achar instrumentos que aceitam aplicações de R$ 100 - ou até menos
  • Quem não tem uma renda fixa deve investir mais nos meses em que a receita for maior

O mercado financeiro do Brasil é um dos mais desenvolvidos do mundo e vem ganhando muitos adeptos nos últimos anos. Tem muita gente entrando no mundo dos CDBs, LCIs, ações, fundos imobiliários e ETFs. Todas esses termos podem parecer complicados para iniciantes, mas investir está ao alcance de todos. Separamos algumas dicas para você começar sua jornada rumo à independência financeira, confira: 

“Quanto mais tempo você postergar a decisão de investir, mais difícil e demorado será criar o hábito de separar um dinheiro para aplicar”, afirma Henrique Castro, professor de finanças da  Fundação Getúlio Vargas Escola de Economia de São Paulo (FGV – EESP). 

2. Monte sua reserva de emergência

A recomendação de 10 entre 10 especialistas em finanças é que todo investidor tenha um montante que cubra pelo menos três meses dos seus gastos. “Somente após termos um colchão de emergência conseguimos tomar decisões sobre a capacidade de tomar risco”, explica Bruna Amalcaburio, analista da Top Gain. 

3. Invista regularmente

Não é preciso ter milhares de reais para investir. É possível achar instrumentos que aceitam aplicações de R$ 100 – ou até menos. A dica de Henrique Castro é separar uma parte do salário para investir mensalmente. Quem não tem um salário fixo deve separar um percentual do provento para que no mês de salário mais gordo, o montante investido também cresça. 

4. Diversifique, mas tenha foco

Quem investe precisa ter um objetivo. Comprar uma casa, um carro, fazer uma viagem ou se aposentar são exemplos, e cada um tem um prazo para ser alcançado. Portanto, o investidor pode diversificar seus investimentos, tendo instrumentos de curto, médio e longo prazo, mas o foco deve estar no objetivo principal. “O que não pode é ter prazos incompatíveis com o objetivo”, diz Castro. 

5. Conheça seu perfil de risco 

A dica é clássica, mas muito importante e atual. Sem saber quanto risco você está disposto e pode correr, a chance de perder dinheiro é maior. As corretoras são obrigadas a informar seus clientes quando um instrumento não é adequado ao seu perfil de risco. Se você perder dinheiro comprando algo que não está adequado a seu perfil e não foi avisado disto, pode ter direito a reembolso pelo órgão de autorregulação da B3.

6. Cuidado com propagandas enganosas

É comum que investidores inciantes, sem conhecimento sobre o mercado financeiro, caiam em furadas quando alguém na internet promete alta rentabilidade no curto prazo. O recado do professor Henrique Castro é simples e direto: “provavelmente é uma cilada e você deve evitar”. 

7. Controle seus gastos

Esta dica se aplica especialmente a quem tem pouca ou nenhuma sobra no fim do mês, o que infelizmente se torna mais comum em momentos ruins da economia de um país. “O ideal é traçar metas para cada categoria, como mercado, saúde, lazer e educação, assim você consegue controlar seus gastos e estipular metas para investimentos”, diz Bruna Amalcaburio. Mesmo que a aplicação não seja grande no início, é possível engordar o montante aos poucos investindo regularmente. 

“É importante que o pequeno investidor ajuste suas contas para não haver gastos desnecessários, uma das estratégias é separar entre 10% e 20% do salário para investir, mesmo que alguns sacrifícios sejam necessários”, diz Francis Wagner, CEO do app Renda Fixa.

8. Comece com segurança

O ideal para o investidor iniciante é colocar seu dinheiro em aplicações seguras, que dificilmente trarão perdas à carteira. “Uma boa ideia é alocar em CDBs, porque têm rentabilidade acima da poupança e segurança do FGC”, diz Bruno komura, analista da Ouro Preto Investimentos.