Conheça os 31 fundos imobiliários com rendimento acima da Selic

Entenda o que interfere na rentabilidade do ativo
Pontos-chave:
  • Dividend yield é um dos principais indicadores para a análise de FIIs, mas não é o único
  • É preciso estudar cada caso, já que rentabilidade pode sofrer impacto de fatores não recorrentes

Os fundos imobiliários (FIIs) são conhecidos como bons instrumentos para quem investe pensando em renda passiva. Porém, é necessário saber escolher os ativos que compõem uma carteira de FIIs e um levantamento da plataforma de investimentos Monett mostra a importância disso.

Os dados mostram que apenas 31 dos 106 fundos imobiliários (29%) que compõem o índice IFIX, principal referência do mercado, entregam rentabilidade maior que a taxa básica de juros, já considerando a alta de 0,5 p.p. para 13,75% ao ano anunciada pelo Copom nesta quarta-feira (3)

O levantamento considerou o dividend yield (DY) dos últimos 12 meses dos fundos imobiliários até o fechamento de terça-feira (2). 

O que é dividend yield

O dividend yield é um indicador que mostra a rentabilidade paga aos investidores, considerando apenas os dividendos que o fundo paga. Se a cota de um fundo custa R$ 100 e nos últimos 12 meses ele pagou R$ 10 em dividendos por cota, o dividend yield é de 10%. Ou seja, em um ano, o retorno sobre o investimento foi de 10% se o investidor não vendeu sua cota. 

Fonte: Monett

O que interfere na rentabilidade dos fundos imobiliários?

O dividend yield (DY) é um ótimo indicador para avaliar a saúde dos fundos imobiliários, mas é preciso olhar para outras variáveis antes de investir. Isso porque esse indicador pode ser impactado por despesas não recorrentes, vindas de um ressarcimento do Estado após uma vitória em ação tributária, por exemplo. Nesses casos, um dividend yield alto é a foto de um momento de exceção. 

Portanto, é preciso ficar de olho em aspectos como:

  • vacância: você deve saber quantos ativos controlados pelo fundo estão alugados atualmente;
  • volatilidade: o setor sofre com altos e baixos do mercado;
  • emissão de cotas: com emissões, o fundo terá mais investidores para dividir o lucro; para manter o DY, deverá lucrar mais;
  • inadimplência: também é importante levantar informações para que mostrem se os inquilinos do fundo estão pagando em dia.